Grupo que reúne cantores de renome nacional e religiosos católicos, artistas e professores universitários redigiram uma carta aberta à humanidade. A carta está circulando nas redes sociais desde o último sábado (6). O objetivo é mostrar a indignação com a situação que o Brasil vive diante dos desmandos do negacionista Jair Bolsonaro, que está como presidente da República.
Entre as centenas de assinaturas, se destaca o cantor Chico Buarque de Holanda, a cantora Zélia Duncan, frei Leonardo Boff, o bispo emérito de Caxias (RJ), dom Mauro Morelli, padre Júlio Lancellotti, entre muitos outros. Os idealizadores do movimento estão abertos a novas adesões. Para isso os interessados deverão enviar nome, profissão e cidade/estado onde reside para Marcelo Auler, um dos organizadores do movimento, através do WhatsApp (21) 99922-3224.
Leia a íntegra da ‘Carta aberta à humanidade’
“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.” Hanna Arendt;
O Brasil grita por socorro.
Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a Presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.
Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio-ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.
O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco toda a humanidade. Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.
Nos tornamos uma ‘câmara de gás’ a céu aberto.
O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.
Vida acima de tudo.”