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Velório de Dom Geraldo Lyrio, ex-presidente da CNBB, ocorre na Catedral de Vitória (ES) nesta quinta-feira


A Catedral Metropolitana, no Centro Histórico de Vitória (ES) celebra nesta quinta-feira (27), a partir das 6h, uma missa de corpo presente a cada duas horas. A última será às 18h, quando o corpo seguirá para Colatina (ES) e de lá vai para Mariana (MG), onde será sepultado no sábado (29)


Nesta quinta-feira haverá missas de corpo presente na Catedral Metropolitana de Vitoria a cada duas horas | Foto: Reprodução

O velório do ex-presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo Lyrio Rocha, capixaba nascido Fundão (ES) em 14 de março de 1942, acontecerá nesta quinta-feira (27), a partir de 6h, na Catedral Metropolitana de Vitória, com celebração de missas a cada duas horas. Às 18h acontecerá a última missa e será feito o translado do corpo para a diocese de Colatina, onde será velado até o meio-dia desta sexta-feira (28). Ele faleceu com 81 anos de idade.

Em seguida o corpo será transladado para o santuário de Nossa Senhora do Carmo, em Mariana (MG), onde Dom Geraldo Lyrio Rocha era o arcebispo emérito dessa cidade mineira. As exéquias seguidas de sepultamento será às 15h deste próximo sábado, dia 29 de julho. O religioso, que comandou a CNBB no período de 2007 a 2011, morreu em Xingu-Altamira no último domingo, 23 de julho, quando sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Ele se encontrava no interior do Pará para presar orientações em um retiro espiritual dos padres daquela diocese. Antes, Dom Geraldo havia sofrido uma queda, fraturou o fêmur e precisou ser hospitalizado. O falecimento ocorreu às 00h15, desta última quarta-feira.

Dom Geraldo no dia da sua ordenação episcopal, em 15 de agosto de 1967, na Catedral de Vitória | Foto: Arquivo/Catedral de Vitória (ES)

Trajetória episcopal

Dom Geraldo Lyrio Rocha foi nomeado arcebispo metropolitano de Mariana, pelo Papa Bento XVI, aos 11 de abril de 2007, tendo tomado posse da arquidiocese aos 23 de junho de 2007. Adotou como lema episcopal: “Opus Fac Evangelistae” – Faze a obra de um evangelista.

A trajetória episcopal de dom Geraldo – nascido em 14 de março de 1942, em Fundão (ES) – começou na arquidiocese de Vitória (ES), onde foi bispo auxiliar (1984-1990). Também foi bispo de Colatina (ES), de 1990 a 2002, e arcebispo de Vitória da Conquista (BA), entre 2002 e 2007. Em 2007, foi nomeado como arcebispo de Mariana (MG).

Na Presidência da CNBB, Dom Geraldo esteve em audiência com o Papa Bento XVI | Foto: Arquivo/CNBB

Além da presidência da CNBB (2007 a 2011), dom Geraldo foi responsável pela Liturgia, membro do Conselho Econômico e do Conselho Permanente. Integrou também a Comissão Episcopal para a Tradução dos Textos Litúrgicos (Cetel) e da Comissão Especial para a Causa dos Santos.

No Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), foi membro do Departamento de Liturgia em duas ocasiões (1987-1991 e 1995-1999) e presidente deste mesmo organismo, entre 1999 e 2003. Foi segundo vice-presidente do conselho e delegado da CNBB junto ao colegiado latino-americano (2011-2015).

Também foi delegado da CNBB à Conferência de Santo Domingo (1992); membro ex officio da Conferência de Aparecida (2007). Dom Geraldo ainda foi eleito pela CNBB para os Sínodos: para a América (1997), sobre a Eucaristia (2005), sobre a Palavra de Deus (2008) e sobre a Nova Evangelização (2012). Foi membro da Pontifícia Comissão para a América Latina (2009-2014).

Renúncia ocorreu em 2018

O pedido de renúncia de dom Geraldo foi aceito pelo papa Francisco no dia 25 de abril de 2018, de acordo o Código de Direito Canônico, que determina o pedido após o prelado completar 75 anos. Em sua emeritude, dom Geraldo continuou contribuindo e participando ativamente da vida da CNBB e da Igreja.

Na última Assembleia Geral da CNBB, a 60ª, realizada em abril deste ano, dom Geraldo fez uma memória das sessenta edições da Assembleias da CNBB. Em suas palavras,  as assembleias têm uma longa história marcada pelo clima de ação de graças. “Nesses anos, mudou a fisionomia da conferência, o modo de tratar as questões, os meios, que foram aperfeiçoados e facilitam o trabalho. [Mudaram] coisas acidentais. E o que permanece: o essencial. Há uma linha condutora que marca todas as assembleias, e que se chama comunhão eclesial”, disse.

Dom Geraldo foi eleito pelos bispos do Brasil, na 60ª AG CNBB, junto a outros quatro bispos, para representar o episcopado do país no Sínodo sobre Sinodalidade, em outubro, no Vaticano.

Ordenação sacerdotal

A ordenação Sacerdotal aconteceu no dia 15 de agosto de 1967, Solenidade de Assunção de Nossa Senhora. A celebração aconteceu na matriz São José, em Fundão e foi presidida pelo Arcebispo de Vitória, Dom João Batista da Mota e Albuquerque e concelebrada pelo bispo auxiliar Dom Luís Gonzaga Fernandes, padre Djalma Rodrigues Moreira pároco de Fundão dentre muitos outros sacerdotes.

O Papa João Paulo II, no dia 14 de março de 1984, nomeou Dom Geraldo para ser bispo auxiliar de Vitória, ao lado do arcebispo Dom João Batista da Mota e Alburquerque. Ficou como bispo auxiliar até 1990, quando se tornou o primeiro bispo da Diocese de Colatina (ES) onde ficou até o ano de 2002. Em 2002, foi transferido para a Arquidiocese de Vitória da Conquista (BA) permanecendo até 2007, onde passou a ser Arcebispo.