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Itália quer aumentar venda de tomate no Brasil, mesmo o País sendo o 5º produtor mundial


Produtores italianos estão promovendo campanha para aumentar a venda do tomate “made in Italy” no Brasil. O lançamento da campanha ocorrerá em várias cidades brasileiras. O Espírito Santo é o oitavo produtor brasileiro de tomate


Tomate produzido no Espírito Santo (foto maior), faz o Estado ser o oitava produtor no Brasil. No detalhe, a campanha financiada pela União Europeia | Imagens: Divulgação/Incaper/consórcio italiano

A União Europeia está financiando uma campanha publicitária agressiva no Brasil, lançada nesta semana, com o objetivo de promover o aumento na comercialização do tomate europeu em conservas. A campanha foi idealizada pelo consórcio Oi Pomodoro Centro Sud, entidade onde se concentram produtores italianos..

A campanha visa consolidar a elevada exportação de tomate italiano, na forma de polpa e molho, que vem apresentando crescimento sucessivo nos últimos anos. DE acordo com o próprio consórcio o Brasil importou em 2020 21,4 mil toneladas (US$ 18 milhões); 20,6 milhões de toneladas em 2021 (US$ 19 milhões) e, no ano passado, chegou a 22,7 milhões de toneladas (US$ 20,9 milhões). Em apenas quatro meses deste ano, as exportações de tomate europeu para o Brasil alcançaram 12,8 toneladas (US$ 16 miçhões).

“Qualidade europeia”, acentua o marketing

“Qualidade europeia, naturalmente bom”, diz o título do apelo publicitário. “Missão: O Projeto Meu Tomatì visa aumentar o consumo e a participação do tomate da indústria italiana no mercado brasileiro, para apreciar o sabor dos produtos europeus que atendem aos mais altos padrões de qualidade e segurança, promovendo uma maior consciência sobre a origem e a alta qualidade”, completa.

A campanha ainda explica a quem se destina. “Consumidores finais, para promover o conhecimento e a sensibilidade dos produtos europeus, que buscam alta qualidade e segurança alimentar; profissionais do setor: responsáveis pelas compras para a Grande Distribuição Organizada (GDO) e para o setor hotéis, restaurantes e cafés (Horeca), associações profissionais (chefs, padarias e restaurantes), distribuidores; e profissionais da mídia: imprensa do setor, Key Opinion Leaders e Influenciadores para os setores de Comida e Bebida, gastronomia, bem-estar, alimentício, viagem, esporte.

Tomate surgiu na América do Sul

O tomate é originário da América do Sul e se expandiu até o México e a Costa Rica. Até 1493, antes da chegada dos primeiros colonizadores, a Europa não conhecia o tomate. As primeiras sementes foram levadas para a Espanha por Hernán Cortés, que teve contato com o fruto, enquanto participava da invasão e do saque das riquezas da cidade asteca de Tenochtítlan.

A Itália somente “descobriu” o tomate em 1548, e o usavam apenas como fruto decorativo de mesa até finais do século XVII e início do século XVIII. Na Inglaterra, onde foi introduzido em 1597, era visto como pouco saudável, venenoso e impróprio para comer até meados do século XVIII após muitos avanços na criação seletiva na Espanha e Itália.

Somente no Século XIX que o tomate chegou à Ásia, sendo amplamente utilizado na Síria, Irã e China. Atualmente o mundo produz cerca de 200 milhões de toneladas, sendo a China responsável por um quarto de toda a produção planetária. Os maiores produtores mundiais, além da China, são os Estados Unidos, Turquia, Índia, Brasil,

De acordo com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural do Espírito Santo (Incaper), que mantém a tradição de realizar uma pesquisa semanal de preços recebidos pelos produtores capixabas, o tomate teve em julho os seguintes valores por quilo: R$ 5,30 (primeira semana de julho); R$ 5,95 (segunda semana); R$ 4,72 (terceira semana) e R$ 3,72 (quarta semana). O preço médio do tomate no Espírito Santo, para o produtor em julho foi de R$ 4,92 o quilo.