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Delegada dificulta acesso de advogados a presos em Jaguaré. Juristas protestam em frente à Delegacia

Delegada dificulta acesso de advogados a presos em Jaguaré. Juristas protestam em frente à Delegacia | Foto: Divulgação

Advogados da região e representantes da OAB/ES, tanto da Subseção de São Mateus quanto da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Seccional promoveram em Jaguaré uma manifestação, nesta última quarta-feira (9), em frente à Delegacia de Polícia de Civil.

O ato foi realizado em protesto ao tratamento dado pela delegada Gabriella Zaché aos advogados que precisam realizar trabalhos naquela unidade policial, mas encontram dificuldades para ter acesso aos clientes, a informações de inquéritos e documentos.

De acordo com o coordenador criminal da Comissão de Prerrogativas, Leonardo Costa da Silva, após a manifestação, o grupo se dirigiu ao interior da delegacia para entregar um ofício da 12ª Subseção da OAB-ES à delegada.

“Neste momento fomos informados que delegada não estava presente. Então solicitamos uma certidão que comprovasse a ausência dela. O documento não nos foi entregue e instauramos uma inspeção na unidade”, detalhou.

Delegada Gabriella Zaché | Foto: Arquivo/Divulgação

De dentro da Delegacia, delegada mandou dizer que não estava

Ainda segundo o coordenador criminal Leonardo Costa, somente após o início da inspeção da Comissão de Prerrogativas, que a delegada, que estava na delegacia mas havia ordenado aos policiais que dissessem para os representantes da OAB/ES que ela não se encontrava presente, resolveu atendê-los e ainda assim lhes dispensou tratamento pouco cordial e disse que adotará providências contra os representantes da advocacia que estavam ali presentes tão somente defendendo o cumprimento da lei.

Ao tomar ciência dos fatos, o diretor seccional de prerrogativas, Rodrigo Carlos de Souza, determinou a instauração de medida administrativa junto à Corregedoria de Polícia Civil e, ainda, levará o ocorrido ao conhecimento do Conselho Seccional para que este órgão ponha em votação a adoção de medida judicial, assim como oficiará ao Conselho Federal, que poderá inscrever a delegada no cadastro nacional de violadores de prerrogativas.

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) foi procurada, através de sua assessoria de imprensa, para dar um posicionamento da instituição sobre a reclamação dos advogados e saber se a delegada será punida. Até o fechamento desta edição a resposta ainda não havia chegado. Assim que a PCES der sua posição, este texto será atualizado.