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Estados têm até 30 de agosto para relatar sobre eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis


Ministério da Saúde instituiu um grupo de trabalho para fortalecimento das ações de eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas


Estados têm até 30 de agosto para sobre eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis | Imagem: Reprodução

Os estados brasileiros têm até o próximo dia 30 para enviar os relatórios e se candidatar aos certificados e selos de boas-práticas rumo à eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis. Este ano, mais de 90 municípios enviaram os relatórios para receber o reconhecimento. Destes, mais de 50 já têm programação para receber o Comitê Nacional de Certificação ainda este ano.

Recentemente, a pasta ministerial instituiu o grupo de trabalho (GT) para eliminação da TV de HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas. Composto pelas Secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA); de Atenção Primária à Saúde (Saps); de Informação e Saúde Digital (Seidigi); de Saúde Indígena (Sesai); e de Atenção Especializada à Saúde (Saes), o GT tem o objetivo de integrar e fortalecer as linhas de ação em âmbito nacional. A ação está diretamente ligada a uma das prioridades assumidas pelo Ministério da Saúde junto à Organização Mundial da Saúde (OMS): a eliminação de doenças e agravos como problemas de saúde pública no Brasil até 2030, visando o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Trata-se de uma pauta governamental.

De acordo com a secretária substituta de Vigilância em Saúde e Ambiente, Angélica Espinosa Miranda, historicamente, a eliminação da transmissão vertical de doenças infecciosas compõe o rol de estratégias internacionais e compromissos dos estados-membros da OMS e o Brasil, por meio do Ministério da Saúde, tem atuado de forma intensa para a eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública.

“Para o cumprimento de objetivos e compromissos nacionais e internacionais, é fundamental que os processos de vigilância em saúde estejam integrados às estratégias atuais de cuidado à saúde da população, bem como sejam expressados na qualidade dos serviços ofertados na rede de atenção à saúde do SUS”, afirma.

A eliminação da transmissão vertical de doenças infecciosas – da gestante para o bebê – pode ser evitável desde que todos os testes e cuidados sejam realizados criteriosamente durante o pré-natal. O SUS fornece insumos para prevenção como preservativos, testes rápidos e exames de diagnóstico, bem como tratamentos capazes de prevenir a TV. Quanto mais cedo o pré-natal começar, maior é a probabilidade de sucesso para evitar a infecção do bebê. Além disso, algumas ações são fundamentais para a prevenção e a eliminação da TV de HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas:

  • Realizar o pré-natal desde o início da gestação, ou assim que descobrir a gravidez;
  • Realizar testagem, especialmente por meio dos testes rápidos, para o diagnóstico precoce;
  • Nos casos de infecção, realizar o tratamento adequado com profissional de saúde, e ter adesão às consultas do pré-natal para acompanhamento adequado e realização dos exames solicitados.

O Pacto Nacional para a Eliminação da Transmissão Vertical apresenta diretrizes, compromissos e metas para alcançar esse objetivo. Em complemento, está disponível o Guia de Comitês de Investigação da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites B e C: orientações para instituição e atualização de CITV, com subsídios às secretarias estaduais e municipais de Saúde para a criação e o funcionamento de Comitês de Investigação da Transmissão Vertical (CITV) locais, bem como o Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis, com a padronização para a certificação da eliminação da TV de HIV e/ou sífilis em municípios com 100 mil habitantes.

O que é transmissão vertical

De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão vertical de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) ocorre quando a criança é infectada por alguma IST durante a gestação, parto, e em alguns casos durante toda amamentação.

“Todas as gestantes e suas parcerias sexuais devem ser investigadas para IST durante o pré-natal e no momento do parto, especialmente para o HIV, sífilis e hepatites virais B e C. Ao mesmo tempo, devem ser e informadas orientadas sobre as possibilidades de prevenção da transmissão vertical, bem como, sobre a possibilidade de riscos para a criança quando a gestante é infectada, especialmente de HIV/aids, sífilis e hepatites virais B e C”, diz o Ministério.

Algumas ações são fundamentais para prevenção e eliminação da transmissão vertical:

  • Realizar o pré-natal desde o início da gestação, ou assim que descobrir a gravidez;
  • Realizar testagem, especialmente por meio dos testes rápidos, para o diagnóstico precoce;
  • Nos casos de infecção, realizar o tratamento correto com profissional de saúde, e ter adesão às consultas do pré-natal para acompanhamento adequado e realização dos exames solicitados.

A testagem para IST durante a gestação é importante, pois possibilita o diagnóstico precoce, permitindo agir em tempo adequado para o controle da infecção materna, bem como, para prevenção da transmissão vertical. Assim, é preciso estar atento(a) aos momentos considerados favoráveis para tomada de decisão, conforme a infecção (HIV, sífilis e hepatite B e C), durante o período de gestação e no momento do parto, conforme apresentadas a seguir:

Para o HIV e a sífilis, a testagem deve ser realizada:

No pré-natal: realizar na 1ª consulta (de preferência no 1º trimestre da gestação), e deve também ser realizado no 3º trimestre da gestação

No parto:  independentemente da testagem ter sido realizada no pré-natal.

Em situações de exposição de risco ou violência sexual.

Em caso de abortamento.