O novo Boletim do InfoGripe, divulgado nesta última quinta-feira (14) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destaca o crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 em alguns estados do Sudeste e do Centro-Oeste. A atualização mostra que sete estados apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Alagoas (AL), Ceará (CE), Espírito Santo (ES), Goiás (GO), Rio de Janeiro (RJ), Roraima (RR) e Sergipe (SE).
No Espírito Santo, Alagoas, Ceará, Goiás e em Sergipe, o crescimento se concentra nas faixas de dois a quatro, de cinco a 14 anos de idade. Em Roraima, o aumento se concentra nas crianças até 4 anos de idade, assinala o documento. As pessoas interessadas podem acessar o novo Boletim do InfoGripe da Fiocruz, clicando neste link.
De acordo com a Fiocruz, no Espirito Santo, em Goiás e em São Paulo, também se observa ligeiro aumento em algumas faixas etárias da população adulta. Já no Rio de Janeiro, o crescimento se observa nas faixas etárias da população adulta. Entre as capitais, oito apresentam sinal de crescimento: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Maceió (AL), Palmas (TO), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA). Em Aracaju, Boa Vista, Fortaleza, Macapá e Salvador, o sinal se dá principalmente nas crianças e pré-adolescentes (até 14 anos de idade).
No Rio de Janeiro, observa-se aumento em todas as faixas etárias que envolvem a população adulta. Em Maceió e Palmas, o sinal ainda não é claro, embora em Maceió se observe ligeiro aumento nas crianças pequenas (até 2 anos) e na faixa etária de 15 a 49 anos. O estudo, que tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 11 de setembro, é referente à Semana Epidemiológica (SE) 36, período de 3 a 9 de setembro.
Casos e óbitos em 2023
Referente ao ano epidemiológico 2023, já foram notificados 133.786 casos de SRAG, sendo 51.517 (38,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 67.046 (50,1%) negativos e ao menos 8.057 (6%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado.
Dentre os casos positivos do ano corrente, 8,7% foram influenza A; 4,6% foram influenza B; 39,2% foram VSR; e 30,2% foram Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 2,9% para influenza A; 0,9% para influenza B; 13,3% para VSR; e 35,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Quanto os óbitos notificados de SRAG, independentemente de presença de febre, já foram registrados, este ano, 8.057 óbitos, sendo 4.128 (51,2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 3.355 (41,6%) negativos; e ao menos 169 (2,1%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, 11,4% são influenza A; 5,7% são influenza B; 8,0% são VSR; e 69,6% são Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 2,7% para influenza A; 0% para influenza B; 2,7% para VSR; e 78,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19).