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Em Venda Nova do Imigrante, Idaf flagra produtor rural destruindo 63 mil m² da Mata Atlântica

Em Venda Nova do Imigrante, Idaf flagra produtor rural destruindo 63 mil m²  da Mata Atlântica | Foto: Divulgação/Idaf

Em pleno processo de grave mudança climática, ocasionada pela destruição do planeta Terra pela ação do homem, em Venda Nova do Imigrante (ES) ainda há proprietários de terra que insistem em desmatar até área protegida da Mata Atlântica nativa. Um desses, no distrito de Alto Caxixe, foi flagrado pela fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), destruindo 62.871 mil metros quadrados da Mata Atlântica, o equivalente a aproximadamente seis campos de futebol.

O nome do autor do crime ambiental não foi revelado pelo Ida. O órgão de fiscalização ambiental estadual informou que o criminoso cometeu diversas infrações ambientais e que foi autuado em R$ 523.097,00, principalmente por infrações em área de Reserva Legal. Segundo o diretor-presidente do Idaf, Leonardo Monteiro, o caso é um dos mais relevantes e impactantes de danos ambientais causados dentro de uma propriedade rural no município de Venda Nova do Imigrante.

O autor dos crimes ambientais ainda usou de forma abusiva agrotóxicos., que deixou espalhado na natureza | Foto: Idaf

Desmatamento ilegal e uso abusivo de agrotóxico

Os laudos apresentam as seguintes autuações lavradas: desrespeito a embargos já realizados pelo Idaf no local, em uma área de 34.708 metros quadrados; um novo desmatamento ilegal de fragmentos da Mata Atlântica, em uma área de 28.163 metros quadrados, por meio de corte, queima e supressão, totalizando 62.871 mil metros quadrados de área degradada, sendo a maioria dela identificada como Reserva Legal.

Também houve penalização por deixar de inutilizar e dar a destinação correta às embalagens e sobras de agrotóxicos, seus componentes e afins, que foram encontrados em área de mata nativa e cultivo, podendo prejudicar o solo, os recursos hídricos, a fauna e a flora.

Onde era a reserva legal da Mata Atlântica natural, o autor do crime ambiental acabou com a plantação nativa e com o habitat de animais | Foto: Idaf

“Conforme documento apresentado pelo próprio autuado, o desmatamento está associado à implantação de loteamentos. Os locais em sua maior parte, têm vista para o parque estadual Pedra Azul. A dosimetria florestal vigente, considera que a prática da infração para parcelamento irregular do solo, aumenta significativamente o valor das multas”, ressaltou Monteiro.

Ele explica ainda que a área será monitorada pelo Idaf até a recuperação total do dano ambiental. “Caso o infrator não cumpra com o que determina o embargo, o Idaf poderá aplicar novamente autos de infração. Mais do que nunca, com a mudança climática mostrando evidências no mundo, precisamos proteger a Mata Atlântica capixaba. Quem desmatar, queimar ou cometer qualquer crime ambiental será punido e submetido a recuperar os destroços que deixou ao Meio Ambiente. O Governo do Estado está cada dia mais vigiante a essas situações”, disse.