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Câmara de Vitória contraria decreto de restrição e vai continuar funcionando presencialmente

Câmara de Vitória vai na contramão do decreto e exige sessão presencial no minúsculo plenário do legislativo | Foto: Imprensa CMV

Aliado do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), o mesmo que enquanto deputado estadual seguiu orientação do presidente Jair Bolsonaro e invadiu o Hospital Dório Silva para fotografar pacientes com Covid-19, o atual presidente da Câmara Municipal de Vitória, David Esmael (PSD), se recusou a seguir o decreto estadual de restrições e impôs a continuidade das sessões presenciais. Pelo seu negacionismo, o vereador não seguiu o exemplo da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Justiça, que vão continuar trabalhando em home Office e virtualmente.

David Esmael preferiu colocar uma nota no site oficial da Câmara de Vitória para dizer que “em solidariedade à sociedade capixaba, e ciente da gravidade desse momento”, iria continuar com as sessões presenciais. Na decisão dele, os vereadores estão obrigados a comparecer presencialmente dentro do apertado plenário da Câmara de Vitória.

Para tentar amenizar a sua ordem de presença física, o presidente do legislativo municipal de Vitória disse: “As Sessões Ordinárias são presenciais, mas a orientação é que os vereadores não usem a tribuna, que se manifestem de seus lugares, e que se permaneça no plenário somente os servidores absolutamente necessários para a funcionamento do evento”. O plenário do legislativo é minúsculo.

David Esmael, após a sua decisão questionável, disse: “Além da restrição do número de pessoas circulando na Instituição, também são aplicadas diversas ações de precaução sanitárias como uso obrigatório de máscara; disponibilização de álcool 70% em todos os departamentos e gabinetes, nas recepções e no Plenário; aferição de temperatura na entrada do Plenário durante as Sessões; controle de presença para evitar aglomeração no Plenário e limite de pessoas no elevador”.

Gabinetes será decisão do vereador

“Serão 20 pessoas em plenário, sendo os 15 vereadores e 5 da equipe técnica”, disse o presidente da Câmara da capital. Ele complementou dizendo que em relação aos gabinetes, “os vereadores têm autonomia para definir a quantidade de servidores que trabalharão remotamente e presencialmente”.

A vereadora Karla Coser (PT) foi uma das primeiras a se posicionar a favor da vida e contra a aglomeração defendida pelo negacionista presidente  da Câmara de Vereadores da capital e nenhum de seus servidores irão comparecer à Câmara. “Os atendimentos presenciais ao público em nosso gabinete estão suspensos. Vamos todos nos cuidar e cuidar daqueles que amamos. Mas, como sabemos que o nosso trabalho legislativo e fiscalizador é fundamental ainda mais neste momento, estamos online para todos que precisarem do nosso mandato. Se cuidem.Usem máscaras e evitem aglomerações”, disse a vereadora Karla Coser.