O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, lançado no final de dezembro último pelo Governo do Espírito Santo, tem a meta de alcançar R$ 35 bilhões, um crescimento de 45% em relação a 2022 (R$ 24,2 bilhões) até 2032. Outra meta é chegar a 3 bilhões de dólares em exportações do agronegócio capixaba no ano de 2032, um crescimento de 76% em relação ao ano de 2022 (US$ 1,7 bilhão).
Para o complexo cafeeiro, a meta é que a exportação do café solúvel alcance 1,5 milhão de sacas, um crescimento de 3,5 vezes em relação a 2022 (454,1 mil sc); o café arábica (grão cru) alcance 1,8 milhão de sacas, um crescimento de 3 vezes em relação a 2022 (613,6 mil sc); e o café Conilon (grão cru) 4 milhões de sacas, um crescimento 3,3 vezes em relação a 2022 (1,2 milhão sc).
Para a cultura da pimenta-do-reino, a meta é alcançar 70 mil toneladas, um crescimento de 36% em relação a 2022 (51,4 mil ton). Já a meta para o gengibre é alcançar 30 mil toneladas, um crescimento de 54% em relação a 2022 (19,5 mil ton). Para o mamão, a meta é alcançar 30 mil toneladas, um crescimento de 60% em relação a 2022 (18,8 mil ton).
O crédito rural tem como meta bater o valor de R$ 12 bilhões em operações, um crescimento de 126% em relação a 2022 (R$ 5,3 bilhões). Com o lançamento do plano estratégico é esperada a adequação socioambiental de 50 mil propriedades rurais capixabas nos próximos anos.
Para isso, os produtores terão de incluir em seu currículo quesitos de sustentabilidade que abarcam questões econômicas (eficiência da produtividade, gestão de custo de produção e receitas e rastreabilidade da produção), ambientais (devolução de embalagens vazias de defensivos agrícolas, uso de equipamentos de proteção individual e gestão de resíduos sólidos e líquidos gerados na propriedade) e sociais (reduzir as condições de risco do trabalho e dar acesso à educação e aos serviços de saúde).
Cooperação Fapes
Na ocasião, também foi assinado um de termo de cooperação entre a Secretaria da Agricultura e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) para o desenvolvimento de ações de Pesquisa, Extensão e Inovação com investimentos de R$ 18,5 milhões.
O objetivo é financiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação no âmbito da agricultura, da pecuária, do abastecimento, da aquicultura e da pesca, em alinhamento com as metas e iniciativas contidas no Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4).
Melhoramento genético
Um protocolo de intenções também foi assinado entre a Seag e o Sebrae com o objetivo de fomentar a adoção da prática de fertilização in vitro para melhoria do rebanho leiteiro capixaba. Os critérios, bem como a seleção dos beneficiários serão feitos pela Secretaria.
Atualmente, o Espírito Santo produz cerca de 1 milhão de litros de leite por dia, o que representa cerca de R$ 727 milhões anuais de faturamento, com cerca de dez mil produtores de leite. É a segunda atividade mais presente nas propriedades rurais capixabas, só ficando atrás da produção de café.
A produção de leite no Espírito Santo vem decrescendo nos últimos anos, fruto de uma baixa produtividade nas fazendas. Como resultado, há uma grande capacidade ociosa na indústria láctea capixaba.
A Contratação de 6.600 prenhezes, com valor total de R$11,4 milhões, dos quais R$ 8 milhões com Recursos do Governo do Estado, por meio da Seag, tem como objetivo aumentar o potencial do animal o que já se traduz em aumento de produção logo na primeira geração.
Outorga
A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), também anunciou a outorga automática para irrigantes da agricultura familiar, uma medida inovadora que simplifica a vida dos agricultores, possibilitando o acesso a água de forma mais eficiente.
Um acordo de cooperação técnica também foi celebrado entre a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Governo do Estado do Espírito Santo, por intermédio da Agerh.
O objetivo é o fortalecimento da relação institucional entre a ANA e o Governo do Estado do Espírito Santo, visando à cooperação para o aprimoramento e a integração dos procedimentos de regulação de usos de recursos hídricos.
O diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert, explica que a outorga automática simplifica e agiliza o processo de autorização para uso da água, com menos burocracia e mais eficiência.
“A outorga automática para irrigantes da agricultura familiar é mais uma iniciativa do Governo do Estado em prol dos agricultores, que podem se beneficiar ao iniciar suas atividades de irrigação rapidamente, desde que cumpram os critérios estabelecidos”, frisou o diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert.
Serviço:
Acesse a íntegra do plano governamental, em arquivo PDF, clicando neste link.