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Startup incubada na Ufes lança plataforma de inteligência artificial para empresas

Startup incubada na Ufes lança plataforma de inteligência artificial para empresas | Imagem: Freepik

A startup Aumo, incubada no Espaço Empreendedor da Ufes, está lançando uma plataforma de inteligência artificial para empresas batizada com o nome Aumo GPT. É a primeira do Espírito Santo que tem uma rede neural do tipo generativa, treinada e customizada no Estado usando os recursos do Atena, um supercomputador adquirido pela Universidade para modelar a plataforma de inteligência artificial. A Aumo GPT é um chatbot on-line de inteligência artificial semelhante aos lançados por grande empresas no mundo.

A iniciativa que nasceu na federal capixaba teve sua prova de conceito realizada no Sistema Banestes e aprovada pelo banco. Agora, a startup e o Banestes estão em negociação para a implantação do serviço na área administrativa e na rede de agências da instituição financeira. Se fechado o acordo, o Banestes será o primeiro de muitos clientes que a startup pretende conquistar no mercado capixaba, oferecendo seu serviço de informação que funciona de forma autônoma e inteligente, utilizando redes neurais profundas personalizadas de fácil acesso via web e em tempo real. Os preços da licença de uso mensal ainda estão sendo mensurados, mas vão variar de acordo com o tamanho da empresa e a quantidade de dados processados.

“Trabalhamos com uma rede neural profunda do tipo generativa que tem capacidade equivalente ao ChatGPT. Essa plataforma permite que o conhecimento de uma empresa (dados de gestão e outros) sejam inseridos, organizados e, a partir daí, são respondidas perguntas levando-se em conta a documentação indexada. Assim, essas informações ficam acessíveis aos empregados e não se perdem no decorrer do tempo”, afirma o professor Alberto Ferreira, um dos pesquisadores da Aumo. A rede neural generativa, explica o professor, imita a mente humana e, a partir da inserção de dados no programa de computador, as conexões são estabelecidas sendo possível a realização das tarefas demandadas.

Para desenvolver a plataforma, a equipe da Aumo, formada por três professores do Departamento de Informática da Ufes (Alberto Ferreira, Claudine Badue e Thiago Santos) e dois alunos do curso de Engenharia Elétrica, além de três colaboradores externos das áreas de programação e administrativa, aproveitou experiências de outras pesquisas e adaptou códigos livres. A Ufes adquiriu o supercomputador Atena, com três placas nvidia A100 e 80 GB de memória, para estudo dos modelos e aprendizado científico – o Atena também vai atender a projetos de outros departamentos da Ufes. Depois de acabado, o sistema foi migrado para a nuvem.

“A Ufes teve um papel fundamental para que esse projeto evoluísse. O acolhimento das startups no Espaço Empreendedor é de suma importância para que o conhecimento não vire apenas papel na estante. Temos que valorizar o esforço da Universidade em criar o espaço para que alunos, professores e técnicos possam gerar conhecimento, riqueza, renda e emprego; em dar condições aos pesquisadores de estar no nível de estado da arte”, afirma o professor Ferreira.

Experiência no Banestes

O diretor de Tecnologia do Banestes, Vicente Duarte, avaliou como positiva a experiência com a plataforma Aumo GPT. “Realizamos uma operação assistida para conhecer mais detalhadamente a plataforma. Foi uma experiência  positiva, em que testamos a capacidade e habilidade em fornecer respostas coerentes e informativas aos usuários, contribuindo para uma experiência aprimorada”, afirmou.

A base de dados utilizada no Banestes continha informações ligadas às áreas que apresentam alto número de atendimentos em busca de orientações e procedimentos internos. “A utilização da ferramenta contribuiu para atendimentos mais ágeis e eficazes aos usuários. Ao atuar como um FAQ (perguntas e respostas) inteligente, a plataforma se propõe a facilitar a automação de tarefas rotineiras e repetitivas, bem como a nos apoiar em treinamentos e alinhamentos operacionais com os empregados”, disse o diretor.

Na sua avaliação, “a experiência de testar uma ferramenta de GPT em uma operação assistida foi bastante interessante e esclarecedora. A capacidade da ferramenta é promissora em compreender e gerar respostas inteligentes conforme o contexto apresentado. Acreditamos no potencial da ferramenta para ser utilizada em ambiente corporativo a partir de aprimoramentos em sua interface e indicadores, ampliando ainda mais suas entregas de valor”.

Texto:: Sueli de Freitas