De acordo com o IBGE, a capital do Espírito Santo é a quarta cidade do Brasil onde a população mora em habitações coletivas, ficando apenas atrás de Santos (SP), Balneário Camboriú (SC) e São Caetano do Sul (SP)
Segundo a divulgação mais recente do IBGE, 146.582 moradores de Vitória (ES) moram em apartamentos, enquanto outros 176.287 residem em casas. A quantidade de habitantes da capital capixaba em apartamento é elevada, segundo o IBGE, fazendo com que Vitória seja a quarta cidade no Brasil com pessoas vivendo em habitações comum, atrás apenas de Santos (SP), 63,45%; Balneário Camboriú (SC), 57,22% e São Caetano do Sul (SP), 50,77%. Em Vitória, são 45,4% da população atual de 322.869 pessoas, que moram em prédios.
De acordo com o IBGE, na comparação entre o Censo de 2010 e o de 2022, a proporção da população residindo em apartamento” teve expansão em todas as regiões. O maior percentual segue no Sudeste (16,7%), seguido pelo Sul (14,4%). Na outra ponta, aparece o Norte (5,2%).
Entre as unidades da federação (UF), o Piauí teve a maior proporção da população residindo em domicílios do tipo “casa” (95,6%), seguido de perto pelo Tocantins (95,3%) e Maranhão (95,1%). Já a menor foi no Distrito Federal (66,14%), que por sua vez, liderava o ranking de percentual da população residindo em apartamentos (28,7%), enquanto o Tocantins (2,5%) teve a menor proporção no quesito.
Como foi o inicio da moradia coletiva em Vitória
Tudo começou em pleno inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o comerciante e exportador de café Antenor Guimarães, segundo o historiador capixaba Campos Júnior, contratou o construtor Redagásio Alves e o engenheiro responsável Noberto Madeira, para construir o primeiro prédio residencial de Vitória e do Estado do Espírito Santo. Foi o Edifício Antenor Guimarães, com sete andares, localizado na Praça Costa Pedreira, ao lado da Escadaria São Diogo, no Centro Histórico de Vitória.
O primeiro prédio, que teve a obra concluída em 1940, foi feito com concreto armado e expressava a modernização da arquitetura, inclusive trazendo a tecnologia dos elevadores no edifício de apartamentos residenciais. A novidade do elevador foi alvo de curiosidade pessoas daquela época. Quinze anos depois, esse primeiro prédio conseguiu vencer a sua prova de fogo.
Foi quando na noite de 28 de fevereiro de 1955 , segundo os registros do Departamento de Sismologia da UnB, Vitória sofreu um terremoto de magnitude 6.1 na escala Richter, com o epicentro do sismo tendo ocorrido no alto mar, a 360 Km da capital capixaba. O edifício não teve sequelas do forte tremor de terra.