Os produtores de café conilon do Espírito Santo já deram início ao período de colheita. Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) para este ano, é estimado que a produção atinja a marca das 11,1 milhões de sacas, representando um aumento de 9% em relação à safra anterior.
A área colhida, de acordo com informações divulgadas pelo Incaper, chegará a 262,98 mil hectares (+0,4%) e a produtividade média esperada é de 42 sacas por hectare (+8,2%), de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). São pelo menos 50 mil propriedades no Estado do Espírito Santo que vivem do café conilon.
Segundo informações da Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), o Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do Brasil. No ano passado, o Estado produziu 10,2 milhões de sacas de 60 quilos, em uma área de 261,9 mil hectares. A produtividade média registrada foi de 38,8 sacas por hectare.
Quantidade e qualidade
“Os cafeicultores capixabas têm provado, nos últimos anos, para o mundo que o Estado produz em quantidade e com qualidade. A qualidade já começa na colheita, na escolha do momento para iniciar a coleta dos grãos. Mas, agora, o mercado internacional também está exigindo sustentabilidade nos processos de produção, o que tem se tornado essencial para a permanência no mercado de exportação”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
O Espírito Santo também se destaca como maior exportador de café conilon, com cerca de 85% das exportações nacionais. Além das exportações de café conilon cru em grãos, ainda há volumes consideráveis de café solúvel, cuja exportação foi de 501,7 mil sacas em 2023. Somente no primeiro trimestre de 2024, o estado exportou 1,7 milhão de sacas de café conilon e mais 129 mil sacas em café solúvel.
O café conilon está cada vez mais eficiente em logística, aumentou a oferta de cafés com certificações de qualidade e sustentabilidade, permitindo ao Brasil, e ao Espírito Santo, acessar mercados consumidores dessa espécie que antes eram compradores de outras origens produtoras.