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Primeiro boxeador palestino em Olímpiada quer conquistar o ouro em Paris 2024


“Sou o porta-estandarte da Palestina. Vivemos sob ocupação e queremos nossa liberdade. E conquistaremos nossa independência”, diz o atleta olímpico


Wassim Abou Sal, primeiro boxeador palestino em Olímpiada quer conquistar o ouro em Paris 2024 | Foto: Facebook

Wassim Abou Sal, com 20 anos de idade, será primeiro boxeador palestino a participar de uma Olimpíada, em defesa de seu pais, que vem sendo destruído pelas forças militares de ocupação de Israel. Nos jogos da Olímpiada Paris 2024, Wassim Abou Sal vai competir na categoria peso pena. Ele nutre a expectativa de conquistar a medalha de ouro.

A sua primeira luta está marcada para ocorrer no próximo domingo (28). A Palestina teve 25 atletas participando da Olímpiada de Atlanta, em 1996 e apenas seis nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro em, 2016. Na Palestina, diante dos constantes genocídios praticados pelos israelenses, o esporte não é prioridade e acaba sendo visto como um luxo.

Preparativos diante do genocídio dos palestinos pelos invasores israelense

Os preparativos de Wassin para chegar até às Olimpíadas de Paris foram complicados. Ele mora na Cisjôrdania, cidade palestina ocupada pelos invasores de Israel e seu treinador, Ahmad Harara, é de Gaza, que está sendo massacrada pelo genocídio israelense. Com isso, o treinador foi obrigado a se refugiar no Egito, de onde manda diariamente, através da internet, o cronograma de treinamento.

“Sou de Gaza, e Israel proíbe os habitantes de Gaza a entrarem na Cisjordânia. Só em caso de razão imperiosa, como tratamentos médicos. No momento, estou no Egito e espero obter um visto para encontrar Wassim na França. Essa situação é absurda”, disse o técnico Harara em entrevista à Rádio France Internacional.

“Mas como palestino, estamos condenados a enfrentar essas dificuldades. Então, prefiro pensar que a situação reforça a vontade e determinação de Wassim, para que ele conquiste um título olímpico”, prosseguiu.

“Ao meu redor, alguns dizem: você se qualificou para os Jogos Olímpicos, isso já é uma grande conquista. Mas eu quero mais do que isso. Não vou a Paris apenas para participar de uma competição. Vou pela medalha. “Sou um esportista, mas também defendo uma causa política. Sou o porta-estandarte da Palestina. Vivemos sob ocupação e queremos nossa liberdade. E conquistaremos nossa independência”, completou.