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Governadores de 16 Estados assinam carta para denunciar estímulo à instabilidades no Brasil

Casagrande assinou a carta juntamente com outros 15 governadores nesta última segunda-feira (29) | Foto: Divulgação

Dezesseis governadores assinaram uma carta nesta aberta contra a “crescente onda” de fake news e agressões que, segundo eles, pretende criar instabilidade institucional nos Estados. O documento veio após parlamentares alinhados com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como a deputada Bia Kicis (PSL), estimularem as polícias militares a se rebelarem contra os Governos estaduais. Só não assinaram os governadores bolsonaristas. Leia a íntegra da carta no final desta matéria, fazendo download do texto em PDF.

O pivô para os aliados de Bolsonaro promoverem a baderna entre os militares estaduais veio com um fato ocorrido em Salvador (BA), onde um policial com surto psicótico atirou contra colegas no Farol da Barra e foi morto. A deputada federal bolsonarista, recém nomeada presidente da Comissão de Justiça da Câmara, postou fake news dizendo que o policial rebelde foi morto” por se recusar a prender trabalhadores”. Mais tarde a parlamentar apagou o post.

A carta governadores não cita nomes, mas afirma que ao estimular motins policiais é repugnante e que há uma tentativa de “manipular policiais contra a ordem democrática”. “Os governadores manifestam sua indignação em face da crescente onda de agressões e difusão de fake news que visam a criar instabilidade institucional nos Estados e no País”, afirmou o documento.

“Verdade e paz”

A carta, que tem como título “Queremos verdade e paz”, não citou nomes mas mencionou “agentes políticos” e “autoridades federais”. “Registramos especialmente o nosso protesto quando são autoridades federais, inclusive do Congresso Nacional, que violam os princípios da lealdade federativa”.

“Os Estados e todos os agentes públicos precisam de paz para prosseguir com o seu trabalho, salvando vidas e empregos. Estimular motins policiais, divulgar Fake News, agredir Governadores e adversários políticos, são procedimentos repugnantes, que não podem prosperar em um país livre e democrático”, diz trecho da carta.

“Finalmente, sublinhamos a nossa gratidão a todos os servidores públicos e profissionais que têm atuado incessantemente para vencermos a pandemia. Merecem especial destaque as forças policiais, que têm a nossa solidariedade e apoio em relação a reivindicações justas quanto à vacinação, pleito em análise no âmbito do Ministério da Saúde pela Comissão Intergestores Tripartite (CIT)”, concluíram os 16 governadores.

Assinaram o documento os governadores: Rui Costa (PT), Flávio Dino (MA), Helder Barbalho (PA), Paulo Câmara (ES), João Doria (SP), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT), Eduardo Leite (RS), Camilo Santana (CE), João Azevêdo (PB), Renato Casagrande (ES), Wellington Dias (PI), Fátima Bezerra (RN), Belivaldo Chagas (SE), Reinaldo Azambuja (MS) e Waldez Góes (AP).