fbpx
Início > AGU aciona STF para permitir aglomeração de pessoas em comemorações religiosas de Páscoa

AGU aciona STF para permitir aglomeração de pessoas em comemorações religiosas de Páscoa

AGU pede ao STF para permitir aglomerações para comemorar a Páscoa em pleno auge da pandemia | Foto: Divulgação/UIniversal

Cumprindo ordens do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o pastor-advogado-Geral da União, André Mendonça, pediu medida cautelar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para permitir atividades religiosas em comemoração à Páscoa. A aglomeração de pessoas em recintos fechados não está sendo recomendada pela maioria dos governos estaduais, para evitar explodir a ocupação de leitos com pacientes de Covid-19.

Segundo uma nota à imprensa, a assessoria de imprensa da Advocacia Geral da União (AGU) disse que André Mendonça, que até dias atrás ocupava o cargo de ministro da Justiça e de Segurança Pública de Bolsonaro, apresentou manifestação em caráter urgente ao STF, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 811.

No seu requerimento, Mendonça pediu a concessão de medida cautelar que suspenda a eficácia de quaisquer atos normativos, estaduais/distritais ou federais, que proíbam de modo total a realização de atividades religiosas, inclusive sem aglomerações, especialmente durante a celebração da Páscoa por parte dos cristãos.

Alomeração

Em sua petição, o Advogado-Geral da União ressaltou que toda e qualquer restrição de direito fundamental no contexto de enfrentamento da pandemia do Covid-19 deve estar amparada em fundamentação técnica idônea e, ainda, atender os requisitos da proporcionalidade, razoabilidade e a jurisprudência da Suprema Corte. Caso a medida seja aceita pelo STF, vão ocorrer aglomerações em locais fechados e por as pessoas em risco, diante da falta de UTIs para pacientes com Covid-19.

Além disso, alegou que “a vedação total de atividades religiosas, sem qualquer ressalva e abrangendo, inclusive, atividades sem aglomeração, viola o direito de crença, afetando de modo excessivo e desproporcional a liberdade religiosa”. Algumas religiões, como a Igreja Universal do empresário Edir Macedo já foi punida no ano passado por colocar em risco a vida de seus seguidores, devido a aglomeração de grande quantidade de pessoas em local fechado.

A urgência da medida, segundo a sua assessoria de imprensa, decorre da iminência da Sexta-feira da Paixão e do Domingo de Páscoa, evento celebrado por milhões de brasileiros que professam a fé cristã e que têm na religiosidade, em especial na celebração da Páscoa, o justo e legítimo amparo espiritual, imprescindível inclusive para auxiliar no enfrentamento da pandemia e seus efeitos, sem prejuízo da observâncias de regras e medidas sanitárias, nos termos da legislação de regência.