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Unicamp utiliza imagens de satélite para monitorar saúde de manguezais


O objetivo é contribuir com a preservação desse ecossistema por meio de um diagnóstico eficaz e viável economicamente


Unicamp utiliza imagens de satélite para monitorar saúde de manguezais | Foto: Anders Schmidt/Seama

Uma pesquisa desenvolvida junto ao Instituto de Geociências (IG) da Unicamp criou uma metodologia capaz de analisar a saúde dos manguezais atingidos por derramamentos de petróleo. A análise é feita com imagens de satélite gratuitas geradas pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos e pela Agência Espacial Europeia. O objetivo é contribuir com a preservação desse ecossistema por meio de um diagnóstico eficaz e viável economicamente, de acordo com o geólogo Luiz Henrique Joca Leite, autor da pesquisa.

“A metodologia permite a utilização de dados de sensoriamento remoto para fazer uma análise inicial nos manguezais, de modo a definir pontos de concentração para um diagnóstico mais aprofundado. Os manguezais estão em áreas extensas e de difícil acesso. Por este motivo, o método desenvolvido permite que esse trabalho seja otimizado, principalmente em casos de planos de contingência”, explica Leite.

Metodologia

Ainda de acordo com o pesquisador, a metodologia foi testada com êxito em regiões afetadas por derramamentos de petróleo. Foram avaliadas áreas do canal de Bertioga, no estado de São Paulo, da Baía de Barataria, no Estado da Louisiana, Estados Unidos e em três áreas do nordeste brasileiro: Baía de Camamu, Estuário do Rio Vaza Barris e Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais.

“Quando temos derrames de petróleo em alto mar, esse óleo tende a ser direcionado pela maré para a costa. E a primeira linha de frente junto com a faixa de praia são os manguezais”, afirma o autor da pesquisa. Leite acrescenta que os manguezais são um dos ecossistemas mais sensíveis a impactos ambientais. “Qualquer distúrbio nesse ecossistema vai gerar consequências muito graves. E o petróleo já tem essa tendência de ser um poluente com efeitos colaterais muito danosos ao meio ambiente.”

A metodologia desenvolvida por Leite integrou dissertação de mestrado defendida recentemente junto ao IG para obtenção de título de mestre na área de geologia e recursos naturais. O estudo foi orientado pelo professor Carlos Roberto de Souza Filho.