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PMV destrói árvores no Centro Histórico de Vitória (ES) e joga a culpa nos moradores


Em pleno início de Verão, a Prefeitura de Vitória promoveu a destruição das árvores na Praça Ubaldo Ramalhete Maia, no Centro de Vitória, acabando com a sombra e provocando a ira dos moradores


PMV destrói árvores no Centro Histórico de Vitória (ES) e joga a culpa nos moradores | Imagens: Grafitti News e Google Street View

Com o início do Verão, que segundo os principais serviços de meteorologia tende a ter um calor mais intenso do que nos anos anteriores, quem for no Centro Histórico de Vitória (ES) vai se deparar com a destruição das árvores. E isso está evidente na Praça Ubaldo Ramalhete Maia, onde as árvores tiveram todos os seus galhos cortados, não proporcionando mais nenhuma sombra.

Ao ser questionada, a Prefeitura de Vitória (ES), através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) jogou a culpa nos moradores, alegando que foram eles (os moradores) que fizerem a solicitação de uma poda. Mas, a pergunta feita pelo Grafitti News não foi respondida: “De acordo com especialistas em meio-ambiente que ouvimos, o corte acentuado das árvores na Praça Ubaldo Ramalhete Maia não pode ser chamado de “poda”, mas de destruição. Então, o que houve na direção da Semmam para determinar esse corte em pleno início do Verão?”

Perguntas não respondidas

Outra pergunta feita, não foi respondida: “Em algum momento foi pensado que p Verão está se iniciando e que o corte total de todos os galhos e folhas poderiam prejudicar aos moradores, contribuintes e eleitores do Centro de Vitóiria?”

Da mesma forma que esta outra: “Qual é o real motivo desse corte de todos os galhos e folhas, deixando a árvore “pelada”? O corte nesse nível é apenas para prejudicar às pessoas em situação de rua que se encontram exatamente sob a marquise onde essas árvores faziam sombra?” Abaixo ouça a entrevista com o secretário-geral da Amacentro, Felipe Fernandez:

Associação de Moradores do Centro de Vitória

Para saber se foram realmente os moradores que solicitaram a destruição das árvores, foi procurado o presidente da Associação de Moradores do Centro de Vitória (Amacentro), Walace Bonicenha. Este estava em viagem de final de ano pelo interior do Estado e não pode atender às ligações. Quem falou em nome da Amacentro foi o secretário-geral, Felipe Fernandez.

Ele disse que a Amacentro realmente pediu para fazer uma poda normal, com o intuito de retirar os galhos secos, que segundo ele poderiam cair sobre um veículo, uma motocicleta ou em cima de um transeunte. Mas, não foi feito pedido para destruir as árvores. Fernandez disse que após a destruição, a Associação começou a receber reclamações dos moradores, o que motivou um novo contato com a Prefeitura e esta respondeu que está adotando “uma nova técnica de poda.”

Sob as árvores e debaixo da marquise ficam pessoas em situação de rua, agora expostas aso forte calor do Verão | Foto: Grafitti News

Nota oficial da Semmam

“A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) informa que a poda realizada nas árvores da região do Centro foi feita a partir de uma solicitação dos próprios moradores e seguiu critérios técnicos previamente definidos.

Desde o início desta gestão, foi elaborado um plano de ação, denominado Programa Semmam+, cujo objetivo é promover ações de modernização e ampliação de atuação do órgão ambiental. Vitória tem realizado o aumento de áreas verdes permeáveis, com o desafio de plantar uma muda de espécie nativa por habitante da cidade (Programa VixFlora), além da criação de três novos parques municipais.

Desde a sua implementação, setembro de 2021, foram plantadas 98.352 mudas no Vix Flora, usadas na arborização urbana dos programas de recuperação da restinga de Camburi e da Ilha do Frade e nas unidades de conservação

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) também iniciou o reflorestamento de 90 hectares (90 campos de futebol) de áreas de encostas com mais de 200 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. Ainda tem executado a identificação e a recuperação de nascentes (projeto Fonte Viva) para dispor de mais água para a população e para os ecossistemas onde estes mananciais estão inseridos.

A Semmam tem investido na gestão das áreas verdes, pois atualmente a capital possui mais de 34 mil árvores localizadas em áreas públicas, como canteiros centrais e laterais, alamedas, praças, recantos, rotatórias e orla da cidade. Além da arborização urbana, aproximadamente 40% do território da capital (38,96 km2) é composto por áreas protegidas, o que denota um índice de cobertura arbórea de 95.10m2/hab acima da recomendação da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), que é de15m2/hab.”