A secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados divulgou que já tem contabilizado 107 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), um recorde. Desse total são 41 solicitações protocoladas feitas na atual gestão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e outros 66 pedidos recebidos na gestão anterior, de Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A falta de coordenação no combate a pandemia do novo coronavirus (Covid-19) estimulou ao crescimento de pedidos de impeachment. A falta de interesse em ter agilizada a compra de vacinas, ainda no ano passado e que transformou o Brasil no epicentro mundial da doença, foram outros motivos que contribuíram para elevar o número de solicitações de impeachment.
Em entrevista ao portal Metrópoles, de Brasília, o ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello disse que a Câmara dos Deputados “tem que tocar” os pedidos de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). ““Que o plenário decida, que os representantes do povo brasileiro — os deputados federais — decidam, recebendo ou não a denúncia contra o presidente da República. “E que haja, posteriormente, o julgamento no Senado, pelos representantes dos Estados brasileiros”, disse em entrevista à jornalista Raquel Sheherazade.
Primeiro em março de 2019
O primeiro registrado foi protocolado em 13 de março de 2019 por Diva Maria Piedade Vieira dos Santos, onde “apresenta denúncia por crime de responsabilidade em face do Exmo. sr. presidente da República Jair Messias Bolsonaro, alegando que no dia 5 de março de 2019 o presidente postou em sua conta pessoal, na rede social Twitter, um vídeo com forte conteúdo pornográfico, a pretexto de crítica ao Carnaval brasileiro”.
O último pedido de impeachment ocorreu em 06 de abril último pelo deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP). O parlamentar ofereceu “Representação por Crimes de Responsabilidade (pedido de impeachment) em face do presidente da República Federativa do Brasil, em razão da nova investida do presidente Jair Bolsonaro com objetivo de usar as Forças Armadas politicamente e de atentar contra as instituições republicanas e democráticas com a troca de comando do Ministério da Defesa, anunciada na segunda-feira (29/03)”.