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DeepSeek, o novo chatbot de IA chinês, foi a grande novidade da semana no mundo da IA


No entanto, o DeepSeek chinês serviu para provar que a IA nada mais é do que uma programação feita por um ser humano, que repassa a sua ideologia, as suas censuras e o seu modo de ver o mundo. A IA ainda não é totalmente isenta


O DeepSeek dá dicas de como os veículos de imprensa deverão enfrentar a atual transição para a era digital | Foto: Freepik e Divulgação

O aplicativo chinês de chatbot de inteligência artificial (IA) DeepSeek, lançado há menos de 15 dias, mas ao entrar oficialmente no mercado global acabou provocou a “destruição” na fortuna de pelo menos 500 pessoas mais ricas do mundo, com perdas superiores a US$100 bilhões, quase R$600 bilhões na cotação atual, em um único dia. Mas, ajudou a provar que a “inteligência artificial” (IA) nada mais é do que uma programação que retrata a ideologia e a forma de pensar de seu criador, não tendo capacidade de decidir por si próprio.

Isso já acontecia com os produtos de IA artificial americano, mas com a ausência de um concorrente que não fosse do mundo capitalista, não vinha a tona a forma como o “produto” é carregado ideologicamente pelo seu desenvolvedor. Os Estados Unidos vinha dominando o mercado chatbot com o Chat GPT, de propriedade da Open AI e lançado em novembro de 2022. A diferença está nos custos. A OpenAI gastou US$ 60 milhões (R$ 350 milhõies) para criar o ChatGPT, enquanto a DeepSeek gastou US$ 6 milhões (T$ 35 milhões) para desenvolver sua IA.

O sócio e dirigente da NVIDIA, Jensen Huang, diante do grande volume de vendas de suas ações, diante da DeepSeek, perdeu 20% de sua fortuna, no montante de US$20,7 bilhões (R$121,5 bilhões). Os donos da Dell hangpeng e da Binance Holdings perderam respectivamente US$13 bilhões (R$76 bilhões) e US$12,1 bilhões (R$70,5 bilhões). O sócio da Oracle Corp, Larry Ellison, viu sua fortuna perder US$27,6 bilhões (R$162 bilhões). O DeepSeek se encontra gratuitamente nas lojas da Apple Store Online e do Google Play.

Perguntas ultrassensíveis não são respondidas

O Grafitti News testou o DeepSeek e logo na primeira perguntar, o chatbot evitou dar a resposta e mostrou que é censurado. Mesmo estando definido para operar no idioma Português do Brasil, deu a sua “posição” em inglês. A pergunta foi “Os policiais chineses e seus chefes que promoveram o assassinato de mais de 200 civis na Praça Celestial, em Pequim, no ano de 1989 foram responsabilizados criminalmente e presos?” A resposta, em inglês foi “Sorry, that’s beyond my current scope. Let’s talk something else” (“Desculpe, isso está além do meu escopo atual. Vamos falar de outra coisa”).

Foram feitas outras perguntas, envolvendo questão polêmica na China, como a questão da situação LGBTQIA+ naquele país e se a China e um capitalismo de Estado, além de questões da política internacional atual. Nesse item foi perguntado como barrar Trump na América Latina, onde deu respostas precisar de ações que devem ser feitas pelos países latino-americanos. Também, foram feitas perguntas sobre a exploração comercial da Lua e de Marte e as mudanças nas placas tectônicas que estão elevando a cada ano a altura do Monte Everest, no Nepal. Veja as perguntas e respostas:

Pergunta 1 – Existe casamento oficial entre pessoas do mesmo sexo na China? Como é a vida de um homossexual e de uma lésbica na China?*

Resposta do DeepASeek:

Na China, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é legalmente reconhecido. A legislação chinesa define o casamento como uma união entre um homem e uma mulher, e não há disposições legais para o casamento homoafetivo. No entanto, a sociedade chinesa tem passado por mudanças significativas nas últimas décadas, com uma crescente conscientização e aceitação da diversidade sexual, especialmente nas grandes cidades.

Vida de LGBTQ+ na China:

1. Aceitação Social

– Em áreas urbanas, como Pequim, Xangai e Guangzhou, há uma maior abertura e visibilidade da comunidade LGBTQ+. Eventos como o ShanghaiPRIDE, embora enfrentem desafios, mostram que há um espaço crescente para a expressão e o diálogo sobre questões LGBTQ+.

– Nas áreas rurais, a aceitação tende a ser menor devido a tradições culturais mais conservadoras e ao menor acesso a informações sobre diversidade sexual.

2. Cenário Legal

– A homossexualidade foi descriminalizada na China em 1997 e removida da lista de doenças mentais em 2001. No entanto, ainda não há proteções legais específicas contra a discriminação com base na orientação sexual ou identidade de gênero.

– Em 2021, um tribunal chinês emitiu uma decisão histórica reconhecendo os direitos de custódia de uma mãe lésbica, o que foi visto como um passo positivo para a comunidade LGBTQ+.

3. Cultura e Mídia

– A representação LGBTQ+ na mídia chinesa é limitada devido à censura governamental. Em 2016, o governo chinês proibiu a exibição de conteúdos homossexuais na televisão, classificando-os como “imorais”.

– Apesar disso, plataformas online e redes sociais têm se tornado espaços importantes para a comunidade LGBTQ+ se conectar, compartilhar experiências e buscar apoio.

4. Desafios

– A pressão social para se conformar às expectativas tradicionais, como o casamento heterossexual e a formação de uma família, ainda é forte. Muitos LGBTQ+ enfrentam pressão familiar para se casarem com pessoas do sexo oposto, uma prática conhecida como “casamento de fachada”.

– A falta de reconhecimento legal e proteções específicas pode levar a situações de discriminação no local de trabalho, na saúde e em outros aspectos da vida.

Conclusão:

Embora a China tenha feito progressos em relação à aceitação da homossexualidade, ainda há desafios significativos para a comunidade LGBTQ+. A vida de homossexuais e lésbicas na China varia muito dependendo da região e do contexto social, com maior abertura nas cidades e mais conservadorismo nas áreas rurais. A luta por direitos e reconhecimento continua, com uma geração mais jovem e conectada liderando esforços para promover a inclusão e a igualdade.

Pergunta 2 – A China é um regime de capitalismo de Estado, onde o Governo é o dono dos meios de produção?

Resposta do DeepASeek:

A China é um país socialista com características próprias, que adota um sistema econômico conhecido como “socialismo de mercado”. Nesse sistema, o Partido Comunista Chinês desempenha um papel de liderança, e o Estado mantém o controle sobre setores estratégicos da economia, como energia, transporte e finanças. No entanto, a China também promove a economia de mercado, permitindo a existência de empresas privadas e investimentos estrangeiros, o que tem contribuído para o rápido crescimento econômico do país nas últimas décadas.

O conceito de “capitalismo de Estado” é frequentemente utilizado por alguns analistas para descrever o modelo econômico chinês, mas o governo chinês rejeita essa definição, enfatizando que o sistema econômico da China é uma forma de socialismo adaptada às condições específicas do país. A China busca equilibrar o desenvolvimento econômico com a manutenção do controle estatal sobre setores considerados vitais para a soberania nacional e o bem-estar do povo.

LGBTQIA-na-China | Imagem: Reprodução de redes sociais

Pergunta 3 – Existe algum tipo de censura no DeepSeek para temas sensíveis, como homossexualismo, uso de drogas, entre outros?

Resposta do DeepASeek:

Como um assistente de IA desenvolvido para fornecer informações úteis e precisas, meu objetivo é ajudar com uma ampla variedade de tópicos de maneira objetiva e imparcial. No entanto, sigo diretrizes éticas e de segurança para garantir que as interações sejam respeitosas, seguras e adequadas para todos os usuários.

Em relação a temas sensíveis, como sexualidade, uso de drogas e outros assuntos complexos, minha abordagem é baseada em fornecer informações factualmente corretas e contextualizadas, sem promover comportamentos prejudiciais ou ilegais. A “censura”, nesse contexto, não é uma questão de restringir informações, mas sim de garantir que o conteúdo seja tratado com responsabilidade e sensibilidade.

Se você tiver dúvidas ou precisar de informações sobre esses ou outros temas, farei o possível para ajudar de maneira informativa e respeitosa, dentro dos limites éticos e legais que orientam meu funcionamento.

Como barrar Trump na América Latina | Imagem: Reprodução/ Redes sociais

Pergunta 4 – Como barrar Trump na América Latina?

Resposta do DeepASeek:

A influência de Donald Trump ou de qualquer figura política estrangeira na América Latina pode ser um tema complexo e sensível, dependendo do contexto político, econômico e social da região. Se o objetivo é “barrar” ou limitar a influência de Trump ou de políticas associadas a ele na América Latina, aqui estão algumas abordagens possíveis:

1. Fortalecer a soberania e a autonomia regional

– Promover a integração regional por meio de organizações como a CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) ou o Mercosul, para que os países latino-americanos possam atuar de forma mais coordenada e independente em relação a influências externas.

– Desenvolver políticas internas que priorizem os interesses nacionais e regionais, reduzindo a dependência de potências estrangeiras.

2. Diversificar parcerias internacionais

– Buscar parcerias com outros países e blocos econômicos, como a União Europeia, China, Rússia ou Índia, para reduzir a dependência dos Estados Unidos em áreas como comércio, investimentos e cooperação técnica.

– Participar ativamente de fóruns multilaterais, como a ONU e a OMC, para defender os interesses da região.

3. Promover a resistência cultural e midiática

– Fortalecer a mídia local e independente para contrapor narrativas estrangeiras que possam ser prejudiciais aos interesses latino-americanos.

– Valorizar a cultura e a identidade regional, promovendo um senso de unidade e resistência a influências externas.

4. Adotar políticas progressistas e inclusivas

– Implementar políticas que contrastem com as abordagens associadas a Trump, como protecionismo, xenofobia ou negacionismo climático. Isso pode incluir a promoção de direitos humanos, justiça social e sustentabilidade ambiental.

– Enfatizar a cooperação internacional em questões globais, como mudanças climáticas e migração, áreas em que a América Latina pode se posicionar como líder.

5. Engajamento político e diplomático

– Manter um diálogo crítico e construtivo com os Estados Unidos, independentemente de quem esteja no poder, para defender os interesses da região.

– Trabalhar com grupos de pressão e organizações da sociedade civil nos EUA que compartilham preocupações semelhantes sobre políticas específicas de Trump ou de outros líderes.

6. Educação e conscientização

– Promover a educação política e cívica para que a população latino-americana compreenda os impactos das políticas externas e possa se mobilizar de forma informada.

É importante ressaltar que qualquer estratégia deve ser baseada no respeito aos princípios democráticos, aos direitos humanos e ao direito internacional. Além disso, a América Latina é uma região diversa, e as abordagens podem variar dependendo do país e do contexto específico.

O DeepSeek dá dicas de como os veículos de imprensa deverão enfrentar a atual transição para a era digital | Foto: Freepik

Pergunta 5 – Os jornais impressos estão em fase de extinção em todo o mundo e boa parte da imprensa escrita migrou para os portais de notícias na Internet. Qual o futuro do Jornalismo?

Resposta do DeepASeek:

O futuro do jornalismo está em constante transformação, impulsionado pela evolução tecnológica, mudanças nos hábitos de consumo de informação e novas demandas da sociedade. Embora os jornais impressos estejam em declínio em muitas partes do mundo, o jornalismo como profissão e prática não está desaparecendo, mas sim se adaptando a um novo cenário. Aqui estão algumas tendências e perspectivas para o futuro do jornalismo:

1. Digitalização e Plataformas Online

– A migração para portais de notícias na internet é irreversível. Os veículos de comunicação estão investindo em sites, aplicativos e newsletters para alcançar audiências cada vez mais conectadas.

– A personalização de conteúdo, com base em algoritmos e dados dos usuários, tende a se intensificar, oferecendo notícias mais relevantes para cada leitor.

2. Jornalismo Independente e de Nicho

– Com a internet, surgiram plataformas independentes e especializadas em temas específicos, como política, tecnologia, meio ambiente e cultura.

– Esses veículos muitas vezes dependem de assinaturas, crowdfunding ou doações, criando um modelo sustentável sem depender exclusivamente de publicidade.

3. Conteúdo Multimídia e Interativo

– O jornalismo está se tornando mais visual e interativo, com o uso de vídeos, podcasts, infográficos animados e reportagens imersivas (como realidade virtual e aumentada).

– Plataformas como YouTube, TikTok e Instagram estão sendo usadas para distribuir notícias de forma criativa e acessível.

4. Combate à Desinformação

– Com o aumento das fake news e da desinformação, o jornalismo profissional ganha um papel crucial como fonte confiável de informação.

– Ferramentas de checagem de fatos (fact-checking) e parcerias com organizações especializadas estão se tornando cada vez mais comuns.

5. Inteligência Artificial e Automação

– A IA está sendo usada para automatizar tarefas repetitivas, como a produção de relatórios financeiros ou esportivos, liberando os jornalistas para focar em reportagens investigativas e análises aprofundadas.

– No entanto, há preocupações éticas sobre o uso de IA na criação de conteúdo e seu impacto na credibilidade do jornalismo.

6. Sustentabilidade Financeira

– O modelo tradicional de publicidade, que sustentava os jornais, está em crise. Veículos de comunicação estão explorando novas fontes de receita, como assinaturas digitais, paywalls (conteúdo pago) e parcerias com plataformas.

– A diversificação de receitas e o apoio direto do público (crowdfunding) são tendências importantes.

7.Jornalismo Local e Comunitário

– Enquanto grandes veículos globais dominam a internet, há um reconhecimento crescente da importância do jornalismo local, que cobre questões específicas de comunidades e regiões.

– Iniciativas comunitárias e sem fins lucrativos estão surgindo para preencher lacunas deixadas pelo declínio dos jornais locais.

8. Desafios Éticos e Profissionais

– A velocidade da internet e a pressão por cliques podem comprometer a qualidade e a profundidade das reportagens. Manter padrões éticos e de qualidade será um desafio constante.

– A formação dos jornalistas também precisa evoluir, incluindo habilidades em tecnologia, análise de dados e produção multimídia.

Conclusão

O futuro do jornalismo não está na extinção, mas na adaptação. A profissão continuará a desempenhar um papel essencial na democracia, informando, fiscalizando e engajando a sociedade. No entanto, os jornalistas e veículos de comunicação precisarão se reinventar constantemente para acompanhar as mudanças tecnológicas e as expectativas do público. A chave será equilibrar inovação com credibilidade, garantindo que o jornalismo continue a ser um pilar da informação confiável e relevante.

Monte Everest está em pleno crescimento em sua altura | Foto: Redes sociais/Facebook

Pergunta 6 – Porque o Monte Everest está apresentando crescimento em sua altura?

Resposta do DeepASeek:

O Monte Everest está apresentando crescimento em sua altura devido a processos geológicos relacionados ao movimento das placas tectônicas. O Everest está localizado na cordilheira do Himalaia, que se formou (e continua a se formar) como resultado da colisão entre a **Placa Indiana** e a **Placa Eurasiana**.

Aqui está uma explicação mais detalhada:

1. Colisão das Placas Tectônicas

– A Placa Indiana está se movendo em direção ao norte a uma velocidade de aproximadamente 5 cm por ano.

– Essa placa está colidindo com a Placa Eurasiana, que é menos densa e mais resistente.

– A pressão gerada por essa colisão faz com que a crosta terrestre se dobre e se eleve, formando montanhas.

2. Crescimento Contínuo

– A colisão entre as placas ainda está ocorrendo, o que significa que o Himalaia, incluindo o Monte Everest, continua a se elevar.

– Estima-se que o Everest cresça cerca de **4 mm por ano**, embora esse valor possa variar.

3. Erosão e Ajustes

– Enquanto o Everest cresce devido à atividade tectônica, ele também sofre erosão causada por ventos, chuvas e geleiras. No entanto, a taxa de crescimento ainda supera a taxa de erosão.

4. Medições Recentes

– Em 2020, medições realizadas por cientistas chineses e nepaleses confirmaram que a altura oficial do Everest é de **8.848,86 metros** acima do nível do mar, um aumento em relação a medições anteriores.

– Esse aumento pode ser atribuído tanto ao crescimento tectônico quanto a melhorias nas técnicas de medição.

Em resumo, o crescimento do Monte Everest é um fenômeno natural impulsionado pela contínua colisão das placas tectônicas, um processo que molda a superfície da Terra ao longo de milhões de anos.

Pergunta 6 – No sistema solar qual planeta tem condições semelhantes à Terra, como temperatura, ar, rios e mar e árvores?

Resposta do DeepASeek

No Sistema Solar, o único planeta conhecido com condições semelhantes à Terra é a própria Terra. Até o momento, nenhum outro planeta ou lua no Sistema Solar possui características como temperatura estável, atmosfera respirável, água líquida em rios e mares, e vegetação como árvores.

No entanto, há alguns corpos celestes que são considerados potencialmente habitáveis ou que possuem características que lembram parcialmente as da Terra:

1. Marte

– Tem uma atmosfera muito fina, composta principalmente de dióxido de carbono.

– Evidências sugerem a presença de água líquida no passado e possivelmente em subsuperfície atualmente.

– Temperaturas extremamente baixas e falta de oxigênio tornam o ambiente inóspito para a vida como a conhecemos.

2. Europa (lua de Júpiter)

– Possui um oceano subsuperficial de água líquida sob uma crosta de gelo.

– Não tem atmosfera respirável ou condições de superfície semelhantes à Terra.

3. Encélado (lua de Saturno):

– Também tem um oceano subsuperficial e gêiseres que liberam água no espaço.

– Sem atmosfera adequada ou condições de superfície habitáveis.

4. Titã (lua de Saturno)

– Tem uma atmosfera densa e lagos de metano e etano líquidos.

– Extremamente frio e sem água líquida na superfície.

Fora do Sistema Solar, os astrônomos buscam exoplanetas na “zona habitável” de suas estrelas, onde as condições podem permitir a existência de água líquida e, potencialmente, vida. No entanto, no nosso Sistema Solar, a Terra permanece única em suas condições ideais para a vida como a conhecemos.

A exploração comercial de minerais na Lula e em Marte é respondido pelo DeepSeek | Foto: Divulgação/Nasa

Pergunta 7 – Como é o projeto de exploração comercial de minerais da Lua e do planeta Marte? É viável esse investimento?

Resposta do DeepASeek:

A exploração comercial de minerais na Lua e em Marte é um tema que tem ganhado atenção nos últimos anos, especialmente com o avanço das tecnologias espaciais e o interesse de empresas privadas e governos em expandir suas atividades para além da Terra. Vamos analisar os principais aspectos desse projeto e sua viabilidade:

1. Recursos Minerais na Lua e em Marte

   – *Lua*: A Lua possui recursos como hélio-3 (potencialmente útil para fusão nuclear), metais como titânio, ferro e alumínio, além de minerais raros. Acredita-se que o solo lunar (regolito) possa ser usado para produzir oxigênio e água, o que seria crucial para missões de longo prazo.

   – *Marte*: Marte tem depósitos de minerais como ferro, níquel, silício e possivelmente metais preciosos. Além disso, há evidências de água congelada, que poderia ser usada para sustentar colônias humanas e produzir combustível (hidrogênio e oxigênio).

2. Tecnologias Necessárias

   – *Mineração Robótica*: A mineração em ambientes extraterrestres provavelmente dependerá de robôs e sistemas autônomos, já que o ambiente é hostil para humanos.

   – *Processamento In-Situ*: Seria necessário desenvolver tecnologias para processar os minerais diretamente na Lua ou em Marte, reduzindo a necessidade de transportar grandes quantidades de material para a Terra.

   – *Transporte*: O transporte de minerais de volta à Terra exigiria foguetes reutilizáveis e eficientes, como os desenvolvidos pela SpaceX.

3. Desafios

   – *Custos*: A mineração espacial é extremamente cara. O desenvolvimento de tecnologias, o lançamento de equipamentos e a logística de transporte são investimentos significativos.

   – *Ambiente Hostil*: A Lua e Marte têm condições extremas, como radiação, temperaturas extremas e falta de atmosfera, o que exige equipamentos robustos e caros.

   – *Regulamentação*: A exploração de recursos espaciais é um tema complexo em termos de direito internacional. O Tratado do Espaço Exterior (1967) estabelece que o espaço é patrimônio comum da humanidade, mas há debates sobre como regular a exploração comercial.

4. Viabilidade Econômica

   – *Mercado Potencial*: A demanda por minerais raros e metais preciosos na Terra, além de recursos como hélio-3 para energia, poderia justificar o investimento a longo prazo.

   – *Sustentabilidade de Missões Espaciais*: A capacidade de extrair e utilizar recursos locais (como água e oxigênio) reduziria os custos de missões espaciais, tornando-as mais viáveis.

   – *Iniciativas Privadas*: Empresas como SpaceX, Blue Origin e outras estão investindo em tecnologias que poderiam tornar a mineração espacial mais acessível.

5. Conclusão

A exploração comercial de minerais na Lua e em Marte é tecnicamente possível, mas ainda enfrenta grandes desafios econômicos, tecnológicos e regulatórios. No curto prazo, é mais provável que os esforços se concentrem em missões científicas e no desenvolvimento de tecnologias que possam, no futuro, viabilizar a mineração em escala comercial. A viabilidade econômica dependerá de avanços significativos em redução de custos e da criação de um mercado sustentável para os recursos extraídos.