Após o Governo do Estado anunciar, nesta última sexta-feira (9), que precisou ir à Justiça para obter liminares determinando aos fornecedores de medicamentos para intubação e sedação de pacientes com Covid-19 em estado grave, para a rede pública do SUS, os hospitais particulares estão informando que zerou os estoques. Os fornecedores que venceram a licitação e vinha se recusando a fazer a entrega, tem prazo de 24 horas para levar os medicamentos nos hospitais da rede pública.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que havia anunciado que nesta semana iria divulgar um protocolo de seleção entre quem iria ocupar os leitos de UTI e quem seria recusado, ainda não cumpriu com a promessa. Já a liminar obtida pelo Estado é válida apenas para os hospitais públicos. O Hospital Santa Mônica, em Vila Velha, emitiu nesta última noite de sexta-feira um comunicado publico para anunciar que já não tem a medicação denominada de “kit intubação”.
LEIA A ÍNTEGRA DO COMUNICADO
Comunicado oficial: escassez de medicamentos para intubação e sedação de pacientes graves
À comunidade capixaba e, em especial, aos pacientes, clientes e parceiros.
O Hospital Santa Mônica vem a público manifestar que, em razão do desabastecimento nacional de medicamentos utilizados na intubação e sedação de pacientes graves em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’s), adotou recomendações publicadas por entidades médicas como a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), para ajustes e continuidade da assistência de seus pacientes sedados, com a utilização de medicações substitutivas e melhor empregadas, a depender da situação clínica e das comorbidades de cada paciente.
O tema é pauta de inúmeras matérias nos principais meios de comunicação em que o problema da escassez nacional, ainda sem propostas de solução, tem sido demonstrado à sociedade brasileira, como foi ilustrado em reportagem veiculada no portal BBC News Brasil no dia 25 de março de 2021, intitulada “Coronavírus — ‘É como soco no estômago’: anestesista teme cenas de guerra com falta de sedativos para pacientes intubados”.
Destacamos que o Hospital Santa Mônica, por meio de seu Comitê de Crise para Enfrentamento à Pandemia pelo Covid-19, continua atuante para que, rotineiramente, todas as adversidades possam ser trabalhadas e soluções possam ser implementadas.
Reiteramos que a escassez de diversos recursos (materiais e medicamentos) extrapolam as fronteiras nacionais, não sendo uma particularidade de uma única instituição hospitalar brasileira.
Destacamos ainda que o Hospital Santa Mônica mantém toda a assistência aos seus pacientes e apoio aos familiares e seguirá buscando as melhores soluções neste momento de enfrentamento e de cenário de escassez.
Direção Técnica
Hospital Santa Mônica