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Com a pandemia a expectativa de vida do capixaba caiu 3,5 anos, segundo estudo americano

Estudo sobre a expectativa de vida foi feita pela Universidade de Harvard com colaboração da UFMG | Foto: Divulgação/IBGE

Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) a expectativa média de vida do capixaba reduziu em 3,50 anos ou três anos e meio, caindo de 79,32 anos para 75,82 anos, segundo estudo feito pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos e divulgado neste último sábado (10).Os dados constam em uma tabela com todos os Estados e o Distrito Federal, onde a média de redução da expectativa de vida do brasileiro reduziu de 76,74 anos para 74,80 anos, com 1,94 de retração ou quase dois anos.

O documento intitulado “Redução na expectativa de vida no Brasil em 2020 após a Covid-19” foi executado pela universidade americana, mas contou com a participação do Departamento de Demografia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) também participou da pesquisa. O estudo, que está em inglês mas pode ser baixado na íntegra através de download em arquivo PDF no final desta matéria, mostra o cenário atual por unidades da Federação e por gênero. A tabela por Estado está na página 22 do documento.

Segundo a Universidade de Harvard, para obter esses números foram adotados modelos matemáticos baseados no número total de mortes por Covid-19 no ano passado no Brasil, levando em conta o gênero e onde a vítima morava. A redução da expectativa de vida a partir do nascimento ficou sendo maior para os homens em todo o Brasil (1,98 ano), enquanto a média nacional para as mulheres ficou menor (1,82 ano).

Por gênero

Retração da expectativa de vida por Estado de antes (without) e após (with) Covid-19 por Estado da Federação | Tabela do estudo

Assim, no caso específico do Espírito Santo, a expectativa de vida da mulher capixaba é maior do que os homens. Ou seja, o estudo apontou que o morador do Estado do sexo feminino, que tinha antes da Covid-19 uma esperança de viver 83,21 anos, agora com a pandemia essa expectativa reduziu para 80,18, com perca de 3,03 anos. Já o cidadão capixaba do sexo masculino, que anteriormente tinha uma expectativa de vida de 75,56 anos, viu sua esperança de viver ser reduzida em 2,91 anos e poder alcançar 72,66 anos.

Com a queda na expectativa de vida com a pandemia, o capixaba, que tinha o segundo lugar no ranking nacional e só perdia para Santa Catariana, onde a expectativa entre homens e mulheres era de 80,21 anos, declinou e passou a ser o quinto (75,82 anos). Agora, o Espírito Santo fica atrás de Santa Catarina (78,01 anos), Rio Grande do Sul (76,80 anos), Minas Gerais (76,44 anos), Paraná (76,06 anos). Os Estados com a menor expectativa de vida são Roraima (68,86 anos), Amazonas (68,95 anos) e Rondônia (69,67 anos).

O estudo analisou a expectativa de vida de pessoas que já possuem 65 anos e foi observado que nessa faixa etária, os homens (1.64 ano) também apresentaram maior redução na idade comparados às mulheres (1.46 ano).No ano passado o IBGE havia feito uma projeção de que a expectativa de vida do brasileiro ao nascer tinha apresentado uma elevação. Na ocasião, o órgão comemorou a análise e que um cidadão nascido em 2019 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos. Na ocasião, isso representou um aumento de três meses em relação a 2018 (76,3 anos). A expectativa de vida dos homens havia passado de 72,8 para 73,1 anos e a das mulheres foi de 79,9 para 80,1 anos. Com a Covid-19 tudo mudou e, para pior.