O mel de cacau é uma bebida naturalmente doce e refrescante, produzida a partir da polpa do fruto por decantação natural e prensagem

Com o objetivo de agregar valor à produção cacaueira, a Associação Mulheres do Cacau, em Linhares (ES), está apostando na qualificação como caminho para obter o registro legal do produto e conquistar novos mercados. Para estimular o empoderamento das mulheres nas lavouras de cacau, a entidade conseguiu o apoio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).. O produto na mira é o mel de cacau, uma bebida naturalmente doce e refrescante, extraída a partir da prensagem das amêndoas da fruta.
As associadas já participaram de uma capacitação focada em boas práticas de fabricação da bebida, promovida pelo Incaper. O curso foi realizado em uma agroindústria no município de Vila Valério e teve como objetivo orientar sobre os padrões de qualidade exigidos para a regularização do produto junto aos órgãos de fiscalização.
Conduzida pelas extensionistas do Incaper Jozyellen Nunes da Costa e Fernanda Casagrande Macedo, a formação abordou temas como técnicas seguras de produção, higiene no processamento, rotulagem de alimentos e aspectos legais para a formalização de agroindústrias.
Mel do cacau
Segundo Jozyellen Nunes da Costa, esta foi a primeira capacitação dedicada exclusivamente às boas práticas na produção do mel de cacau. “É um produto muito perecível e requer cuidados específicos para garantir que seja seguro para o consumo. Se não for corretamente processado, pode se deteriorar em até 42 horas”, explicou.
Além de saboroso, o mel de cacau é rico em nutrientes como antioxidantes naturais, vitaminas e minerais, o que o torna um produto promissor para o mercado de alimentos saudáveis e para a gastronomia. Com essa capacitação, o Incaper atendeu a uma demanda da própria Associação Mulheres do Cacau de Linhares, que busca aprimorar a produção para atender à crescente procura, tanto dentro quanto fora do Espírito Santo.
Celebração
A presidente da associação, Matilde Aparecida Garabelli Venturin, celebrou a realização do curso e destacou os impactos positivos da qualificação para a autonomia das mulheres rurais.
“Foi um momento muito rico de informação. Nós, Mulheres do Cacau, estamos muito agradecidas ao Incaper por contar com extensionistas capacitadas em economia doméstica, que possam nos orientar com base nas nossas necessidades. Isso é fundamental para aumentar a renda familiar com os produtos que já temos na propriedade e também para fortalecer o empoderamento feminino”, afirmou Matilde Venturin.
Além do mel de cacau, as agricultoras produzem uma variedade de outros derivados da fruta, como chocolate, geleia, licor, cocadinhas, doce da cibirra, bananada com nibs e amêndoas cristalizadas.