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Polícia desvenda duplo homicídio de Santa Leopoldina em 48 horas e acusado já está preso

O assassinato da advogada Marinelva de Paula e do marido D’alli Atash em Santa Leopoldina chocou os capixabas | Foto: Facebook

Em apenas 48 horas, a Polícia Civil e Militar do Espírito Santo desvendaram que o vizinho do casal de idosos foi quem assassinou um casal de idosos em um sítio, no interior de Santa Leopoldina (ES). Com o auxílio das câmeras de segurança do casal, a polícia viu quem matou a advogada Marinelva Venturim de Paula, de 62 anos, e o seu marido, o estilista iraniano D’ali Atash. Nos vídeos está registrado o vizinho José Carlos Rocha Marinho chegando por volta das 17 horas deste último domingo (18), chama no portão e tem acesso ao interior da propriedade rural. Em seguida atira contra a advogada e o estilista e sai imediatamente do local.

O crime chocou os capixabas, principalmente pela frieza do acusado pelo duplo homicídio, que chegou fumando e disparou todo o carregamento da arma sobre as vítimas enquanto fumava. O presidente da seccional da OAB capixaba, José Carlos Risk foi acionado ainda na noite do crime pelos familiares, para interceder e o que ajudou à apuração célere. A entidade vai continuar acompanhando de perto o desfecho do processo, enquanto o acusado cumpre pena temporária de 30 dias até a conclusão do inquérito.

Câmeras de segurança do sítio flagraram toda ação do vizinho, desde a chegada até os disparos contra o casal | Vídeo: Divulgação/PCES

Esconderijo

Segundo relato de policiais, além das câmeras, houve ajuda de pessoas que denunciaram o paradeiro para onde o acusado havia foragido. Um sargento da Patrulha Rural de Santa Teresa recebeu uma denúncia de que José Carlos Rocha Marinho estaria escondido no Sítio do Possati, próximo à rampa de vôo livre na localidade rural de Pedra Alegre, em Itarana (ES). Diante disso o comanda da 8ª Companhia, major Cabral organizou uma operação para a captura do acusado. José Carlos estava planejando fugir para o Rio de Janeiro.

A operação contou com o soldado Vilmar, sargento Rogério, Cabo Chiabai. soldado Toso e o soldado Gonçalves. A equipe localizou o sítio e no local, em uma varanda em frente a casa, encontrou o foragido. Foi nesse momento que foi dada voz de abordagem e foi realizada uma busca pessoal. Também foi indagado sobre os homicídios deste último domingo em Santa Leopoldina. O acusado confessou no ato e disse que atirou com um revólver calibre 38, que foi jogado em um rio após o duplo homicídio.

Motivação: curso d’água

Na hora da prisão e ainda no local onde estava escondido, José Carlos Rocha Marinho disse qual foi a motivação do crime. Ele disse que na véspera, no sábado (17) teve um desentendimento com o dono do sítio que assassinou por causa de um curso d’água na passa na sua propriedade e no casal que ele matou. Ele disse que ao entrar chamou o iraniano para fora da casa e que, quando ele saiu pela porta junto com a esposa, primeiro efetuou três disparos no marido. Em seguida fez mais dois disparos na esposa.

Os policiais ainda fizeram buscas na residência do autor do duplo homicídio e no veículo de sua propriedade, uma Topic de cor azul escuro e de placas LBU-1026, mas não foi encontrado nenhum objeto ilegal. A Polícia acrescentou que a busca no interior da residência foi devidamente autorizada e acompanhada pelos moradores. O acusado foi conduzido e entregue na Delegacia de Santa Leopoldina, após o contato com o delegado local. O detido não apresentava lesões aparentes na hora da prisão, mas relatou aos policiais que acredita ter deslocado o ombro no momento do transporte até a Delegacia. O relatório conta que foi preciso usar algemas para preservar a integridade física do “conduzido” e dos policiais.