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Supermercados Perim participa de ato bolsonarista, que pede o fechamento do STF

Rede de supermercado que já foi flagrado sonegando impostos, põe caminhões em apoio ao fechamento do STF | Foto: Redes sociais

Flagrado no mínimo duas vezes por sonegação de impostos, sendo a última vez em 26 de novembro último, a empresa supermercados Perim participou ativamente de uma carreata bolsonarista neste sábado, 1º de maio. A carreata pediu o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o fim da democracia no Brasil e a instalação de uma ditadura militar sob o comando do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), acusado internacionalmente de ser o responsável direto por mais de 400 mil mortes pelo Covid-19.

A rede de supermercado foi duramente criticada nas redes sociais, como sendo conivente com as mortes decorrentes do negacionismo do presidente. No próprio perfil do Facebook dos supermercados Perim os consumidores questionavam a participação. No movimento que declarava apoio à Bolsonaro e pediu a instalação de uma ditadura militar no pais, com fechamento do , considerado uma agressão ao dia internacional dos trabalhadores havia muitos carros de luxo. Mas, nenhum com identificação de empresas. A exceção foi o supermercados Perim.

As “tribunal” das redes sociais condenou a participação do supermercado em atividade política de extrema direita | Foto: Twitter

Crime de sonegação fiscal

Em 23 de outubro de 2009 o supermercado bolsonarista teve lojas fechadas na Grande Vitória por estar cometendo o crime de sonegação fiscal, segundo a Sefaz. Além dos estabelecimentos, as residências dos donos da rede Perim também foram alvo da fiscalização. Na época, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão a equipamentos e documentos contábeis, em ação que contou com a participação do Ministério Público Estadual e da Polícia Militar.

Foram recolhidas19 máquinas emissoras de cupom fiscal das quatro lojas da rede, onde os sócios haviam determinado  umas programação para sonegar imposto, segundo relatos da fiscalização da Sefaz. Os fiscais ainda disseram na época que a adulteração permitia a omissão de informações sobre as vendas realizadas e, consequentemente, a sonegação de impostos.

Página dos Supermercados Perim no Facebook serviu para os capixabas protestarem contra apoio ao governo de extrema direita

Onze anos depois, sonegando de novo

Onze anos depois, no dia 26 de novembro último, a fiscalização da Sefaz se viu obrigada a deflagrar a operação Corta-Luz, que apurava uma fraude de R$ 60 milhões contra os cofres públicos. E, mais uma vez o supermercado que participou da carreata a favor do fechamento do STF, estava envolvido no mesmo crime.

Dessa vez os auditores fiscais da Sefaz apreenderam 804 garrafas de vinho e espumante decorrentes de sonegação fiscal, em duas lojas da rede de Supermercados Perim. “Da mesma forma, a empresa (a rede bolsonarista de supermercado) simulava uma venda para outro Estado, mas deixava a mercadoria no Espírito Santo”, disse a auditora fiscal da Receita Estadual e subgerente de Fiscalização, Sarah Vantil, em release afixado no portal da Sefaz.

Segundo a legislação tributária, se um atacadista vende somente para empresas de outros Estados ele não precisa recolher o ICMS-ST para o Espírito Santo. Assim, passa a ser vantajoso emitir a nota fiscal para outra Unidade Federativa e com isso embolsar o dinheiro que deveria ser pago em tributo estadual.

O então secretário de Estado da Fazenda daquela ocasião, Rogelio Pegoretti, comemorou o resultado da operação e disse: “Esse é o resultado de mais um trabalho de investigação da Secretaria da Fazenda. Continuamos firmes no combate à sonegação, à evasão tributária e qualquer tipo de ação que promova uma concorrência desleal entre as empresas”, afirma Pegoretti.