Sob o comando do presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro (sem partido), a Fundação Nacional do Índio (Funai) se transformou de um órgão de proteção para um departamento do governo que cuida da perseguição e da opressão dos povos indígenas brasileiros. Bolsonaro usa a Funai para perseguir os indígenas, onde a Polícia Federal é utilizada como uma polícia política para intimidar os indígenas. Principalmente aqueles que ousem denunciar a associação criminosa do seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com fazendeiros incendiários da floresta e com invasores em busca do ouro e demais riquezas das terras dos povos originais do Brasil.
Foi diante da intimidação da Funai, que usou a Polícia Federal para a perseguição, que nesta última segunda-feira (3) a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apíb) protocolou na Vara Federal Criminal do Distrito Federal (leia a íntegra do documento no final desta matéria através de download do arquivo em PDF) para anular o inquérito instaurado pela Polícia Federal que intimou a líder indígena Sonia Guajajara, a mando da Funai. Ela é a coordenadora executiva da Apib.
A verdade incomoda
A Funai quer silenciar a entidade que fez oito vídeos, da série Maracá, no endereço https://m.youtube.com/channel/UCzr1604R7qLb5Y14DKIjpEA, onde mostra como vem sendo feita a destruição das terras indígenas e de seu povo através dos desmandos do governo Bolsonaro. A Funai afirma que a líder indígena vem fazendo acusações para difamar o atual governo, devido às denúncias de violações ocorridas principalmente durante a pandemia de Covid-19.
No documento entregue ao Judiciário, a Apib lembra que as denúncias não são novidades e que já foram reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) através da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709. Os vídeos mostram dados já divulgados pela imprensa nacional e internacional sobre a propagação do Covid-19 entre indígenas, devido a falta de política de Bolsonaro para a proteção. Mais de 700 indígenas foram mortos pelo novo coronavírus e mais de 26 mil casos confirmados. São esses dados que a Funai acusa de serem fake news.