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Randolfe vai pedir ao YouTube acesso aos vídeos deletados por apoiadores negacionistas de Bolsonaro

O general fujão está convocado para ir na CPI no próximo dia 19, quer queira ou não, diz o vice-presidente da CPI | Foto: Redes Sociais

De nada adiantou o ex-assessor de imprensa da ditadura militar e que atualmente atua como comentarista da CNN Brasil, Alexandre Garcia, apagar mais de 500 vídeos negando a Covid-19 e defendendo o uso de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, como a cloroquina. O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou que vai pedir ao YouTube acesso aos vídeos deletados. Além de Garcia outros bolsonaristas deletaram centenas de vídeos com idêntico teor nos últimos dias. Randolfe ainda alertou que o general fujão, o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Eduardo Pazuello poderá vir a ser preso caso resolva não falar a verdade no seu depoimento à CPI.

Pazuello fugiu do dia marcado para o depoimento, alegando que teve contato com dois subordinados infectados pelo Covid-19, mas no dia seguinte recebeu visitas normalmente no hotel onde se hospeda em Brasília. Quanto à prisão, Randolfe disse: “É isso que diz a letra clara do Código de Processo Penal”, caso o ex-ministro faça um falso testemunho sobre os seus desmandos à frente do Ministério da Saúde. Pazuello vai ter que estar obrigatoriamente na CPI no próximo dia 19, queira ou não.

Por enquanto é testemunha

Por enquanto o ex-ministro não será ouvido pelos senadores que compõem a CPI como uma pessoa investigada pelos possíveis crimes, como a insistência em propagandear remédios sem eficácia contra a Covid-19, como a cloroquina. O vice-presidente disse que, por enquanto, o general da ativa vai comparecer como “testemunha”. E lembrou que nessa condição é obrigado a dar respostas objetivas. Somente quem é ouvido como investigado que têm o direito de permanecer em silêncio.

O atual ministro bolsonarista da Saúde, Marcelo Queiroga, poderá ser convocado novamente, já que Randolfe disse que as respostas dadas por ele na última semana “não foram satisfatórias para a maioria dos membros”. Queiroga foi propositalmente evasivo, inclusive fugiu das perguntas sobre a cloroquina, o remédio sem nenhuma eficácia contra a Covid-19 que Bolsonaro insiste em fazer propaganda.

Para esta terça-feira (11) foi agendado o depoimento do almirante Na tonio Barra Torres, o militar que Bolsonaro colocou como presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres. Na quarta-feira (12) quem vai comparecer é o ex-secretário de Comunicação do presidente Jair o Bolsonaro, Fábio Wajngarten. Na próxima na quinta (13) serão ouvidos os representantes da empresa Pfizer, que ofereceu negociar milhões de doses ao Brasil ainda no ano passado e a oferta foi recusada de forma grotesca pelo ex-capitão do Exército que ocupa a presidência da República.