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Jean Wyllis anuncia à revista Veja que assina filiação ao PT nesta segunda-feira (24)

Reeleito para o 3º mandato em 2018, Wyllis renunicou devido á ameaças | Foto: Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados

Em entrevista à jornalista Jana Sampaio, da revista Veja, o ex-deputado federal Jean Wyllis anunciou a sua desfiliação ao Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e a sua filiação, nesta próxima segunda-feira (24), ao Partido dos Trabalhadores (PT). O objetivo, segundo o ex-parlamentar que vive exilado em Barcelona, na Espanha, após a posse do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é única e exclusivamente contribuir para a vitória de Lula na eleição presidencial do ano que vem. Segundo Wyllis, “Lula é o único capaz de vencer Bolsonaro nas próximas eleições presidenciais”.

A cerimônia online de filiação partidária nesta segunda-feira, segundo detalhes que o ex-deputado, atualmente com 47 anos, informou à revista, vai contar com a presencia virtual do ex-presidente Lula, da ex-presidente Dilma Rousseff  e da presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Ele acrescentou que a solenidade ainda contará com as presenças virtuais de rente da legenda, a cerimônia online contará com a participação de nomes internacionais de peso, como Geneviève Garrigos, ex-presidente da Anistia Internacional francesa; a prefeita de Barcelona, Ada Colau; o ativista de direitos LGBT James Green; a deputada Marisa Matias, do Parlamento Europeu; e Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.

Ciências políticas

Wyllis atualmente está estudando para obter um doutorado em Ciências Políticas pela Universidade de Barcelona, com bolsa fornecida pela fundação Open Society, Ele ainda disse à reportagem da Veja que somente pretende voltar ao Brasil quando houver segurança pessoal, citando ameaças de morte após o assassinato da sua amiga e vereadora Marielle Franco por grupos de extermínio ligados a milicianos com ligações ao atual presidente.

Na entrevista ele fez questão de dizer que não tem mais interesse em se candidatar a um mandato eletivo e muito menos obter um cargo público, numa vitória do ex-presidente Lula. Ele disse que a sua intenção é “ajudar a elaborar um programa de governo que se comprometa com a agenda econômica sustentável, a defesa dos Direitos Humanos e o combate à disseminação de informações falsas, as chamadas fake news”. E finalizou a entrevista dizendo “Hoje, o que quero é ajudar a reconstruir o Brasil e abraçar a minha mãe”.