Por conta da crise hídrica, a Aneel chegou divulgar um calendário de anúncio mensal de novos aumentos até o final deste ano
Com o desmatamento generalizado no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vem destruindo os mananciais brasileiro, consumidor vai pagar muito caro não só no consumo de água, mas também no preço da energia elétrica. Nesta semana, devido a crise hídrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou um super aumento na tarifa extra da conta de luz em 52%. A partir desta quinta-feira (1º), o valor da bandeira vermelha patamar 2, taxa extra cobrada que vem sendo cobrada vai subir de R$ 6,243 por 100 kWh consumidos para R$ 9,49 por cada 100 kWh.
E não vai parar por aí. A Aneel chegou a divulgar um “calendário” para divulgar mensalmente novos aumentos até o final deste ano. O próximo tarifaço já está anunciado para ser anunciado em 30 de julho, para vigorar em agosto. E assim, sucessivamente, os novos anúncios vão ser divulgados nos dias 27 de agosto, 24 de setembro, 29 de outubro, 26 de novembro e 30 de dezembro, sempre para entrar em vigor no mês subseqüente.
Bandeiras tarifárias
As bandeiras tarifárias são cobradas na conta de energia elétrica dos consumidores, tanto os residenciais quanto os comerciais, industriais e prestadores de serviços por conta da geração desfavorável de energia hidrelétrica. A escassez de água nos rios onde se encontram as usinas geradoras leva ao governo determinar o uso de fontes de geração mais caras, como as usinas termoelétricas, que utilizam combustíveis fósseis. Somente quando não há problemas nos cursos de água dos rios é que são cobradas as bandeiras com sobretaxas menores, como a amarela, vermelha ou vermelha patamar 1.
Para a própria diretoria da Aneel a atual crise hídrica é considerada como “excepcional” e que pode piorar ainda mais. Na década de 1990 o Brasil passou por uma crise semelhante, embora não tenha chegado ao atual nível de desequilíbrio. Embora a crise seja maior nos Estados onde há grandes usinas geradoras de energia hidrelétrica, o problema de escassez não é crítico no Espírito Santo, onde o nível dos rios ainda estão longe de chegar no patamar crítico. Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo.
Como são as sobretaxas
A Aneel divulgou os valores das sobretaxas que incidem no valor das tarifas de energia elétrica, sendo que a que está em vigor é a mais elevada, a Bandeira Vermelha Patamar 2, que jamais havia sido adotada no Brasil anteriormente.
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;
Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,03971 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,09492 para cada quilowatt-hora kWh consumido.