Esse efeito acontece porque há uma relação entre o conjunto de bactérias que vivem no intestino e a hipertensão
O Kefir, bebida fermentada que apesar de ser consumido ha séculos em regiões como China, Russia e Turquia so apareceu na mesa dos brasileiros há pouces anos. Mas apesar do pouco tempo, pesquisas feitas per aqui já revelaram os muitos benefícios desse fermentado de bactérias e leveduras. Uma delas feita pela doutora em ciências farmacêuticas, Mirian de Almeida Silva Cutini, mostrou que ao agir no intestino o Kefir provoca a redução da pressão arterial. Segundo Mirian, que e pesquisadora da Universidade de Vita Velha (UVV), ja haviam estudos mostrando que o Kefir tinha influência na redução da hipertensão, porém não era muito claro como isso acontecia.
Para descobrir., ela foi até os Estados Unidos. “Em 2017 eu fui ao Estados Unidos e là eu fiquei por um ano desenvolvendo pesquisas em parceria com a Dra. Vinicius Biancardi, da Universidade de Auburn, para esclarecer sobre os efeitos do Kefir na hipertensão”, lembra.
Durante a pesquisa, ela analisou ratos hipertensos e ratos que tinham pressão arterial normal. Esses animais receberam diariamente o Kefir e tiveram a pressão arterial medida semanalmente.”Após nove semanas de tratamento, os ratos hipertensos que receberam Kefir apresentaram uma redução da pressão arterial quando comparados aos animais hipertensos que não receberam o Kefir”, afirma a pesquisadora.
A doutora explica que esse efeito acontece porque há uma relação entre a microbiota intestinal – que é o conjunto de bactérias que vivem no intestino) e a hipertensão. “Esses animais hipertensos tratados com Kefir também tiveram uma melhora na microbiota intestinal (aumento das bactérias boas e diminuição das bactérias ruins) e também melhoraram a neuroinflamação (inflamação no cérebro)”, esclarece a pesquisadora. Os resultados dessa pesquisa foram apresentados em um congresso internacional de cientistas que envolve mais de 14.000 cientistas de diferentes áreas, e este ano esse evento ocorreu em San diego-CA, EUA.
“Nossa pesquisa foi premiada durante o evento e ainda foi uma das seis de um total de 2.400 pesquisas selecionada para um comunicado de imprensa durante o congresso. O resumo da nossa pesquisa pode ser encontrado no site da Sociedade Americana de Fisiologia (American Phsysiological Society APS)”, concluiu.
Mirian Cutini
Doutora em Ciências Farmacêuticas