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“Tenho 75 anos de idade e confesso que jamais esperava que a fome voltaria no Brasil como ela voltou”; um depoimento de Lula

A volta da fome no Brasil no atual governo do presidente Bolsonaro foi a consolidação da destruição da meta de zerar a fome no Brasil, idealizada pelo ex-presidente Lula. Diante do quadro desolador de milhões de brasileiros passando fome, Lula fez o seguinte depoimento publicado em suas redes sociais

O ex-presidente Lula liderou a campanha pela Fome Zero, almoça em um Restaurante Popular Foto: Ricardo Stuckert

“Tenho 75 anos de idade, saí do Nordeste por causa da fome. E agora ver uma mulher à espera de um osso na fila de um açougue pra fazer uma sopa?! Como é possível essa situação num país que já foi a sexta economia do mundo? Ver o povo dormindo na rua. Não é possível. Eu confesso que jamais esperava que a fome voltaria no Brasil como ela voltou. O governo perdeu completamente o controle e não consegue dar condições ao povo de viver com dignidade”, iniciou Lula.

“Estamos vendo o desmonte do Brasil. Eu quero olhar no olho das pessoas e dizer que é possível consertar o Brasil. É possível as pessoas voltarem a ter emprego. O Estado brasileiro não precisa ser empresário, mas precisa ser indutor. Precisa inclusive motivar os empresários a acreditarem nesse país e retomarem os investimentos”, prosseguiu.

Ele ainda se recordou: “Durante todo período do meu governo, o povo cozinhava a gás. A gente não via ninguém cozinhando mais a lenha, gente morrendo queimada. Não tem explicação essa política de preços.O Bolsonaro ao invés de ficar falando bobagem de voto impresso, deveria falar como vai gerar emprego, como vai fazer pra colocar comida na mesa do povo. Voto impresso é uma justificativa de quem não tem o que dizer pro povo.Agora ele fica dizendo que se for derrotado nas eleições não vai entregar a faixa… Bolsonaro, pare de ser chucro”, afirmou

“Medo de quê? De pobre comer?”

“Pare de ser estúpido. Ninguém quer receber a faixa de você. Pode deixar que o povo vai empossar o presidente eleito em 2022. E não será você.”Ah mas tenho medo do Lula…”. Medo do que?! Medo do pobre comer?! Medo do pobre ter emprego?! Medo pobre tá na universidade? Tem medo do pobre competir com você na ascensão social?! Vamos parar com essa bobagem…A 3a via é uma invenção dos partidos que não tem candidato. Falam em polarização…”, continou.

E o ex-presidente encerrou o seu depoimento: “O que tem de um lado é democracia e do outro é fascismo. Quem tá sem chance usa de desculpa a tal da 3a via. Seria importante que todos os partidos lançassem candidato e testassem sua força. Vocês sabem por que eu dou entrevista em pé?! É pra provar que eu tô com saúde e com muita disposição. Inclusive eu tô aqui na academia, fazendo meu exercício diário…”.

O Restaurante Popular de Vitória foi fechado definitivamente pelo ex-prefeito Luciano Rezende há seis atrás | Fioto: Arquivo

Restaurante Popular de Vitória

Após a saída do ex-prefeito João Coser (PT) de Vitória, o Restaurante Popular de Vitória, chamado de “restaurante de R$ 1,00”, foi fechado pelo prefeito conservador Luciano Rezende (Cidadania) no final de junho de 2015. Sem coragem de dizer a verdade, de que estava fechando definitivamente, o ex-prefeito Luciano Rezende mandou fixar na porta do restaurante um comunicado mentiroso: “Aviso: O Restaurante Popular de Vitória ficará fechado para manutenção durante o mês de julho. Atenciosamente, Prefeitura Municipal de Vitória”. No dia 31 de julho daquele ano Rezende mandou retirar o aviso e se calou sobre o assunto até o final de seu governo, em 31 de dezembro de 2020.

Nas últimas eleições municipais o então candidato a prefeito João Coser (PT) lançou a reabertura do Restaurante Popular como uma de suas bandeiras políticas. A medida seria de significativa importância na capital do Espírito Santo, já que a pandemia do Covid-19 elevou o desemprego, a miséria e a fome. Logo após ser eleito prefeito, o então deputado estadual Lorenzo Pazolini (Republicanos) afirmou em entrevista à imprensa que iria reabrir o Restaurante Popular, por falta de sensibilidade à fome a sua promessa não foi cumprida sete meses após ser empossado e o Restaurante Popular permanece fechado.