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Cariacica convida ministra Damares para lançar pedra fundamental da Casa da Mulher Brasileira

Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro coleciona polêmicas declarações, que vão de Jesus trepado na goiabeira, silêncio em coletiva, menino de azul e menina de rosa e de ter agido para tentar impedir o aborto de uma menina estuprada pelo tio em São Mateus (ES), titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos colecionou declarações controvérsias

Damares Alves participa nesta sexta-feira (23) de solenidade junto com o prefeito Euclério Sampaio, de Cariacica | Foto: Divulgação

O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (DEM), recebe nesta sexta-feira (23) a pastora evangélica e ministra da Mulher, da Faíília e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro para lançar a pedra fundamental da Casa da Mulher Brasileira  (CMB). O evento será realizado às 13h30 no terreno que fica próximo ao estádio Kleber Andrade, no Bairro Rio Branco,

De acordo com a Prefeitura de Cariacica (PMC), o município será o primeiro do Estado a contar com uma unidade do programa, que é uma iniciativa do Ministério da Damares. A construção será feita com recursos federais e municipais e a gestão será feita pela Prefeitura de Cariacica. Para a construção da unidade, foram destinados R$ 823 mil, detalhou a PMC.

O espaço vai integrar diferentes serviços especializados da rede de proteção à mulher no mesmo espaço, como apoio psicossocial, delegacia, juizado especializado em violência doméstica e familiar contra as mulheres, Defensoria Pública, entre outros. O objetivo é auxiliar na autonomia das mulheres e no enfrentamento à violência.

“A visita da ministra para trazer a Casa da Mulher Brasileira é importante porque atualmente Cariacica não tem um local específico que centralize o atendimento. E o prefeito Euclério Sampaio está trazendo esse projeto para beneficiar as munícipes”, comemorou a secretária municipal de Assistência Social, Danyelle Lirio.

A PMC alegou que a obra será possível porque o município foi beneficiado pelo convênio 892951/2019, contemplado pelo Programa Em Frente Brasil, de enfrentamento à criminalidade do governo federal. No Brasil, são oito unidades da Casa da Mulher Brasileira: duas em Brasília (DF), Curitiba (PR), São Luís (MA), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e Boa Vista (RR).

Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira é uma estratégia do Governo Bolsonaro “para reduzir a violência contra a mulher. As oito unidades já instaladas no país consistem em um espaço que reúne, num mesmo local, diversos serviços de atendimento às mulheres em situação de violência. Lá, é possível ter acesso, por exemplo, a serviços de acolhimento e triagem, apoio psicossocial, delegacia especializada, Promotoria de Justiça especializada, Núcleo Especializado da Defensoria Pública, Juizado de Violência Doméstica, alojamento de passagem, brinquedoteca, central de transporte e ações de autonomia econômica”, disse a PMC.

Na Casa da Mulher Brasileira, as mulheres também são incentivadas a participar de cursos para alcançar a autonomia financeira, uma ferramenta de apoio para dar independência econômica às mulheres, já que muitas dependem financeiramente do agressor.

Polêmicas

A convidada do prefeito Euclério Sampaio coleciona polêmicas, que vão desde dezembro de 2018, um mês antes de assumir o cargo de ministra de Bolsonaro, quando foi alvo de piadas nas redes sociais após um vídeo antigo dela em um culto evangélico ter viralizado. É onde ela relata ter sofrido abusos quando era criança e afirma que pensava em matar o agressor. A pastora afirmou que subiu em uma goiabeira com um veneno que pretendia tomar, mas desistiu depois de ter visto Jesus Cristo trepado na mesma árvore.

Damares nunca freqüentou uma faculdade, mas afirma ter “mestrado” em ensino bíblico. Ela nutre outra polêmica, que é a acusação de Indígenas da aldeia Kamayurá, localizados no centro da reserva indígena do Xingu, no Norte de Mato Grosso, onde afirmam que Damares seqüestrou Kajutiti Lulu Kamayurá, uma pequena índia com apenas 6 anos. Damares A ministra apresenta Lulu, atualmente com 22 anos, como sua filha adotiva, mas a adoção nunca foi formalizada legalmente, conforme ela mesma já admitiu.

Em uma pregação de 2013, Damares se declarou favorável ao ensino religioso nas escolas, em um vídeo que circulou na internet no início de 2019, sem avaliar se a imposição fere a vontade das pessoas por praticar espiritismo, budismo, islamismo ou até mesmo ser ateu. O fato de o Brasil ser um país laico não foi levado em consideração por ela. laicidade . A polêmica de Damares Alves que ganhou repercussão ocorreu em agosto do ano passado, com a menina de 10 anos estuprada pelo tio em São Mateus (ES). Além de usar o seu cargo de ministra para tentar impedir o aborto, ela fez todos os esforços possíveis e impossíveis para que a criança gerasse o filho indesejado oriundo de um crime hediondo. Damares chegou enviar emissários à São Mateus para pressionar a família da criança, o que gerou revolta no Brasil e no exterior.