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Mundo volta adotar medidas mais duras contra o Covid-19. No ES 92,3% do Estado está em “risco baixo”

O avanço da variante Delta preocupa outros países. No Brasil a variante indiana ainda está em fase inicial | Foto: Stockphoto

A pandemia do Covid-19 não é uma coisa do passado, como pensam muitas autoridades brasileiras, inclusive do Espírito Santo, que vem permitindo aglomerações variadas, que vão de ônibus sem janelas e com ar condicionado até barzinhos lotados. No 65º mapa de risco, que passa a vigorar a partir desta segunda-feira (26), de um total de 78 municípios capixabas, 72 estão com a coloração verde, para indicar que o risco de contrair Covid-19 “é baixo”. Com risco moderado, apenas 6 cidades e nenhum município ostenta mais o risco alto de contaminação.

O Governo do Estado se justifica e diz que “o Mapa de Risco segue as orientações dos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde e recomendações da equipe de especialistas do Centro de Comando e Controle (CCC) Covid-19 no Espírito Santo, que é composto pelo Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Secretaria da Saúde (Sesa), Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). As decisões adotadas pelo Governo do Estado seguem parâmetros técnicos”.

O 65º Mapa de Risco do Espírito Santo, em vigor a partir desta segunda-feira (26), mostra tanquilidade

No mundo é diferente

Mas, não é esse cenário de calmaria e de tranquilidade que se vê nos Estados Unidos, Europa e na Ásia. Neste último domingo (25) o semanário alemão Bild am Sonntag trouxe uma entrevista com chefe de gabinete da primeira-ministra Angela Merkel disse que a Alemanha teme uma explosão de novos casos de contaminação pelo coronavírus, que podem aumentar para cem mil por dia até o final de setembro, devido a expansão da variante Delta (cepa indiana).

Em um contexto onde quase a metade da população alemã já recebeu as duas doses de vacina contra Covid-19, o diretor da Chancelaria alemã, Helge Braun, disse na mesma entrevista que “o número de novos casos aumentou 60% por semana”. Em entrevista neste final de semana à rede de televisão americana CNN, o epidemiologista Anthony Fauci, uma das principais autoridades dos Estados Unidos no combate ao Covid-19, admitiu que o país pode voltar a recomendar que vacinados contra a doença utilizem máscara, diante do aumento no número de casos de infecção. “Isso está sendo ativamente considerado”, admitiu o especialista.

China entra em alerta

A China registrou 76 novos casos positivos de Covid-19 nesta segunda-feira (26), um número recorde desde janeiro. A maioria das contaminações foram detectadas em Nanjing, capital da província de Jiangsu, segunda maior cidade da região leste do país, a 305 km de Xangai. Primeiro país a enfrentar o coronavírus no final de 2019, o gigante asiático quase erradicou a doença em seu solo no segundo trimestre do ano passado.

Segundo o jornal online Macau Hoje, editado em português já que Macau, cidade com administração especial da China após a devolução do território, que colônia de Portugal e que fica apenas 55 minutos de barco de Hong Kong, anunciou nesta segunda-feira (26) que  novos casos de Covid-19 continuaram a aumentar na cidade de Nanjing, no leste da China. São mais de 38 infecções diagnosticadas nas últimas 24 horas, disseram hoje as autoridades. A capital da província de Jiangsu registou mais de 60 casos, nos últimos dias.

Dezenas de milhares de pessoas foram colocadas em quarentena e as autoridades estão a testar a população, repetindo a estratégia que tem sido efetiva para suprimir o novo coronavírus no país. Outro caso de transmissão foi relatado na cidade vizinha de Suqian e outro na província de Liaoning, no nordeste da China. Ambos estão ligados ao surto de Nanjing, indicou a Comissão de Saúde do governo chinês, segundo informações do jornal de Macau. Outros 36 casos importados foram relatados, metade deles na província de Yunnan, perto da fronteira com Myanmar, que enfrenta um grave surto. Existem atualmente 741 casos ativos no país. O número de mortos permanece nos 4.636.

Normalidade? Nem pensar

As autoridades cientificas e médicas internacionais não recomendam a volta à normalidade, como vem ocorrendo em alguns Estados brasileiros. A variante Delta, a cepa indiana do coronavírus, é a responsável pelo adiamento da volta à normalidade no mundo. Em Israel, país que havia se livrado das máscaras e onde mais de 60% da população já tomou as doses completas da vacina imunizante, voltou obrigar o uso obrigatório das máscaras, em caráter emergencial por causa da Delta.

A variante Delta, ou B.1.617, está em franca evolução no Brasil, mas ainda não se espalhou completamente, o que vai ocorrer até setembro, segundo avaliação de epidemiologistas. Na Inglaterra, segundo o virologista Fernando Spilki, professor da Feevale e coordenador da Rede Corona-ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a variante Delta venceu a própria cepa britânica, conhecida como Alfa, e se apresentou 60% mais contagiosa.