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China entra em alerta com 71 casos de Covid-19 em 24 horas e faz testagem de toda população

No Espírito Santo houve 18 mortes pela Covid-19 em apenas 24 horas e, no mesmo período houve dez vezes mais infecções que a China com 716 novos casos. O total até esta quarta-feira era de 11.944 óbitos e 544.970 capixabas infectados desde que a pandemia se iniciou

Fila para a testagem contra Covid-19 na China está causando transtornos | Foto: Reprodução/jornal Macau Hoje

Com o registro de 71 novos casos de infecção por Covid-19 nesta última quarta-feira (4), decorrente da variante Delta (indiana), a China adotou medidas rígidas de combate à disseminação do vírus. Restringiu as viagens e à entrada de pessoas provenientes do exterior e determinou a testagem de toda a população em um prazo exíguo de três dias. A testagem no país mais populoso do mundo gerou o caos.

Segundo relatos do jornal Macau Hoje, da cidade chinesa autônoma de Macau, uma antiga possessão de Portugal, próxima à cidade autônoma de Hong Kong, e onde se fala português correntemente, é que a testagem em massa causou o caos. Os sistemas de informática entraram em pânico, houve  concentrações e filas intermináveis nos centros de testagem nesta última quarta-feira (4) e pessoas impedidas de entrar em hospitais e mercados por não serem capazes de completar a declaração de saúde.

Caos

“O anúncio da obrigatoriedade de testar toda a população em três dias causou ontem o caos em Macau. De madrugada já circulavam imagens de pessoas que vivem do outro lado da fronteira a dormir nas ruas e estações de autocarros, por não terem teste de ácido nucleico válido para regressarem a casa. De manhã o cenário piorou. Segundo as instruções do Governo, era possível marcar o teste através do Código de Saúde. Todavia, o sistema começou a falhar logo pela manhã, às 8h40, ainda antes de os centros de testes abrirem, o que devia ter acontecido às 09h, ao mesmo tempo que nos 41 locais se concentravam pessoas, formando longas filas”, narrou o periódico na sua edição desta quinta-feira (5).

Além dos desafios logísticos e longas filas, quem não fala chinês enfrentou um desafio maior: durante grande parte do dia, o portal para as marcações dos testes apenas apresentava os nomes dos centros em chinês. A medida prejudicou aos moradores das cidades autônomas, já que enquanto Macau fala português, em Hong Kong o inglês é o idioma predominante.