O contador Walter Alves Noronha, dono de um dos maiores escritórios de contabilidade do Espírito Santo, o WalterCon, disse que o Conselho Regional de Contabilidade do Espírito Santo (CRC-ES) reagiu frente a adversidade da pandemia do Covid-19 e passou a oferecer uma educação continuada, através de treinamentos, cursos e palestras adaptados à nova realidade da pandemia do Covid-19. Mas, fez uma reclamação. “Mas, o profissional, a maioria, é relaxado. Não faz o treinamento”, reclamou.
Ele ainda disse que a entidade de classe tem atuado junto à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), inclusive com a participação que culminou com o novo Programa de Recuperação Fiscal (Refis), além da melhoria da forma de arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Noronha atuou como presidente do CRC-ES no período de 2010 a 2011.
Publicações legais
Walter Noronha disse que as publicações legais são feitas também através da internet, até porque os jornais impressos em papel estão migrando para a nova tecnologia. A busca é por veículos que tenham elevada audiência. Ele também comentou sobre a necessidade de o contador se adaptar à nova realidade tecnológica.
Ele disse que cerca de 90% dos contadores e técnicos em contabilidade no Espírito Santo estão com seus escritórios informatizados, embora o papel ainda continue em alguns procedimentos utilizados no exercício da profissão. “Na realidade o papel nunca vai acabar, já que veio para ficar, mas diminuiu bastante em mais de 80% ou 90%”, completou.
Acrescentou que aquele monte de livros que caracterizava o contador, no passado, não é mais adotado. Agora é a escrituração digital,. “Nada disso a gente imprime”, acrescentou. Embora tenha dito que algumas empresas ainda exigem que os escritórios contábeis ainda continue com a impressão em papel.
“Com a escrituração digital a gente é obrigado a guardas os registros por cinco anos. Então, é tudo arquivo e a maioria nas nuvens. A gente paga para ficar nas nuvens, porque é arquivo muito grande. E até porque você corre risco hoje de deixar tudo só em máquina. Então a gente tem contrato para deixar tudo nas nuvens. Vejo que a informatização não tem mais volta. Boletim de papel não existe mais”, afirmou.
Pós-pandemia
O ex-presidente do CRC-ES destacou que “agora é o pós-pandemia”. Na sua visão ele fez questão de frisar: “Muitas pessoas não sentem, mas acho o seguinte: a pandemia foi de certa forma boa porque mostrou para o mundo que não se pode ficar com sentado na cadeira o tempo todo”
E complementou dizendo: “Você tem que ficar atualizado, principalmente na parte da informática, porque senão fica para trás. Teve videoconferência, a maioria das reuniões presenciais acabou. Então, isso ai foi uma boa”, concluiu.