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Governo Bolsonaro penaliza consumidores residenciais da Escelsa com reajuste de 10,96%

Os clientes da empresa estrangeira já são onerados com o pagamento de sobretaxa elevada a título de “bandeira tarifária vermelha patamar 2”

Os consumidores da portuguesa EDP Escelsa vão ter surpresas desagradáveis no final deste mês | Foto: Reprodução/EDP Escelsa

Apesar da cobrança de uma sobretaxa R$ 9,49 para cada 100 quilowatt-hora (kwh) consumidos, a título de “bandeira tarifária vermelha patamar 2”, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resolveu sacrificar especialmente 1,6 milhão de consumidores de 70 municípios do Espírito Santo clientes da empresa estrangeira Eletricidade de Portugal (EDP)-Escelsa. O lucro da empresa não pode cair mesmo diante da pandemia do Covid-19, do desemprego elevado e dos baixos salários. Os consumidores residenciais serão afetados com um aumento de 10,96%, já em vigor desde o último sábado (7).

As empresas que utilizam alta tensão terão um aumento no custo da tarifa menor. Será de 6,89%. Do total cobrado na conta de energia elétrica, mais de um quarto ou 25,5% vai para os cofres da EDP Escelsa. Os outros 74,5% são para o faturamento das empresas que geram a energia, das que fazem a transmissão entre as usinas hidrelétricas, termoelétricas ou nuclear, os impostos e tributos, como a taxa municipal de iluminação pública, que também vem embutida na conta de energia elétrica.

Para economistas, a disparada no preço da energia sob o governo do presidente Bolsonaro, vai trazer impactos negativos na taxa inflacionária e vai acelerar a perda do poder de compra do consumidor. O governo federal, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) justifica o aumento concedido à portuguesa EDP Escelsa como sendo o reajuste anual. Já a sobretaxa denominada de “bandeira vermelha patamar 2”, a alegação é a escassez hídrica.