Com a Panasonic, pelo menos 14 grandes multinacionais abandonaram o Brasil durante o governo Bolsonaro. Já foram embora a Sony, Ford, Mercedes-Benz, Audi, as farmacêuticas Roche e Eli Lily, Walmart, entre outras conceituadas marcas internacionais
Mais uma grande multinacional abandona o Brasil durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Agora é a vez da Panasonic anunciar que vai deixar de fabricar TVs e produtos de áudio no Brasil até o final deste ano. O comunicado da multinacional japonesa foi feito ao mercado nesta última quarta-feira (11), onde informa que o encerramento da produção no Brasil faz parte de “uma decisão que segue uma estratégia global, com foco na sustentabilidade”.
A Panasonic informou que a sua unidade de Manaus, que produz os televisores e os aparelhos de som, vai continuar produzindo apenas as linhas de micro-ondas, produtos automotivos e componentes eletrônicos. Com o fim do setor industrial de TVs e áudio, a Panasonic anuncia a demissão de 130 funcionários até dezembro. O número representa 5% dos 2.400 colaboradores da empresa no país.
Ford foi embora no início do ano
No início do ano, a Ford anunciou a saída do Brasil, alegando que a decisão foi tomada “à medida em que a pandemia de covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”. Duas fábricas da Ford foram fechadas, em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), e a localizada em Horizonte (CE) será fechada no final deste ano. Em outubro de 2019, a Ford já havia fechados as portas em São Bernardo do Campo (SP).
Em março, a Sony também anunciou o fim da produção e vendas de aparelhos de TV no Brasil. O mercado de televisores se encontra em um momento de intensa disputa tecnológica, onde são exigidos elevados investimentos em software, conectividade e parcerias com empresas de streaming de vídeos, de acordo com empresários do setor. No Brasil, o mercado de TVs está sendo controlado pelas coreanas Samsung, e LG.
Além de fabricantes de carros, farmacêuticas, televisores, aúdio e hipoermercado, já abandonaram o Brasil durante o governo de Bolsonaro: a rede internacional de lojas de shopping de roupas Forever 21, a multinacional de compartilhamento de patinetes Lime, a loja internacional de roupas Kiabi, a empresa de aplicativos espanhola Glovo, a rede americana de hambúrguer Wendy’s, a rede internacional de restauranrtes Hooters, entre outras marcas.