Em sessão de debates do Senado sobre mudanças climáticas nesta sexta-feira (10), a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, 18 anos, participou de uma sessão virtual do Senado brasileiro, onde criticou ações do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ressaltou que o Brasil precisa alcançar as metas do Acordo de Paris, protegendo a Amazônia e os povos indígenas. Greta não citou o nome de Bolsonaro, mas falou de que o país permitiu o aumento do desmatamento e das queimadas a partir de sua política ambiental.
“O Brasil não tem desculpas para assumir sua responsabilidade. A Amazônia, os pulmões do mundo, agora está no limite e emitindo mais carbono do que consumindo por causa do desmatamento e das queimadas. Isso está acontecendo enquanto nós assistimos, isso está sendo diretamente alimentado pelo governo. O mundo não pode arcar com o custo de perder a Amazônia”, afirmou a ativista. Assista a seguir a íntegra da participação da ativista internacional em defesa do meio ambiente:
Favorecimento aos desmatadores
Mas, foi exatamente no governo Bolsonaro que o atual presidente favoreceu os madeireiros, garimpeiros, grandes pecuaristas e empresários do agronegócio desmatar para ampliar suas riquezas. Para isso Bolsonaro forçou os órgãos fiscalizadores, como o Ibama, a não cumprirem com a sua finalidade e permitir a ação criminosa dos desmatadores da mata amazônica.
Com o desmatamento proposital e acelerado na Amazônia, a previsão é que por ano deverão ser até o final deste século de até 150 dias com temperatura acima de 35ºC. O cenário global é mais crítico ainda, com a expectativa de que o aquecimento global seja cima de 4ºC também até o final deste século.