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Ipen anuncia paralisação na produção de medicamentos para o câncer, após Bolsonaro cortar verba

Ipen paralisou a produção de fármacos para o tratamento de câncer após Bolsonaro cortar verbas orçamentárias | Foto: Divulgação

O efeito da maldade extrema do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao cortar sem critério a verba para produção de remédios contra o câncer para prejudica, começa a fazer efeito e prejudicará até  dois milhões de pessoas que dependem desses medicamentos. O Instituto de Pesquisa Energética e Nucleares (Ipen), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), informou oficialmente nesta última segunda-feira (20) que suspendeu a produção de fármacos utilizados com combate e no controle de cãnceres “devido à impossibilidade orçamentária para aquisições e contratações”.

E o efeito, mesmo que os recursos venham a ser liberados, é duradouro porque esses medicamentos especiais necessitam de produção em usinas nucleares no exterior e a encomenda precisa ser feita com muita antecedência. A distribuição do produto elaborado também precisa de agilidade porque o prazo de duração desses medicamentos é de horas e não pode ser feito estocagem duradoura.

O Ipen importa radioisótopos de produtores na África do Sul, Holanda e Rússia, além de adquirir insumos nacionais para produção de radioisótopos e radiofármacos utilizados no tratamento do câncer. O material é usado na radioterapia e exames de diagnóstico por imagem, mas Bolsonaro, por ignorância ou má fé, mandou cortar as dotações orçamentárias sem mediar as consequências do seu ato insano.

O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), George Coura Filho, avalia que entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas serão prejudicadas com a falta de distribuição dos radiofármacos do Ipen. Em conjunto com o MCTI, o Ipen liberou a seguinte nota à imprensa:

Nota à imprensa sobre produção de radiofármacos

A respeito da produção de radiofármacos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), vinculado ao MCTI por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN/MCTI).

O MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações esclarece que desde junho de 2021 vem trabalhando com o Ministério da Economia para a maior disponibilização de recursos para a produção de radiofármacos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), vinculado a esta pasta por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN/MCTI).

Para a recomposição do orçamento do Instituto, o Governo Federal por meio do MCTI está sensibilizando o Congresso Nacional pela votação e aprovação do PLN 16/2021 prevista para a próxima semana.