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Pazolini retira proprietários de imóveis escriturados na Vila Rubim e Defensoria Pública aciona o Judiciário

A cobertura do Mercado de Peixes tem moradores com escritura passada em cartório há mais de 30 anos | Foto: DPES

A área que fica sobre o Mercado de Peixes na Vila Rubim, devido a erros de prefeitos do passado, é uma área residencial e onde há uma gráfica há mais de 40 anos, com os moradores possuindo escrituras de compra e venda passada em cartório. Ignorando os aspectos legais e o desemprego recorde e a falta de moradias, o prefeito bolsonarista de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), sob a desculpa de promover uma reforma no prédio, determinou a evacuação e deixou os moradores, mesmo com escritura de propriedade, na rua. Assim, a Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES) acionou o Poder Judiciário contra a atitude do prefeito da capital.

A DPES, por intermédio do Núcleo de Defesa Agrária e Moradia (NUDAM), está prestando orientação jurídica para quatro famílias que residem e possuem comércio no segundo pavimento do edifício do Mercado de Peixes, na Vila Rubim. Elas estão sendo obrigadas a deixar local por risco de desabamento, segundo laudo elaborado pela Defesa Civil do Estado.

Defensoria quer PMV assegurando abrigo

De acordo com a Defensoria, a remoção das famílias deve ser feita de forma que seja assegurado um local adequado para elas, bem como o retorno ao Mercado de Peixes quando as obras de reforma forem concluídas. Para tanto, a Instituição protocolou, no último dia 20, requerimentos administrativos no Município de Vitória solicitando retorno após a reforma, realocação para local digno ou indenização para as famílias.

Há décadas as quatro famílias exercem o comércio e possuem moradias no edifício. O local possui, inclusive, uma gráfica que funciona há 49 anos. O Município alega que o imóvel é de propriedade pública, contudo, as lojas possuem inscrição imobiliária, adquiridas de boa-fé, mediante contratos de compra e venda, na maioria por escritura pública.

Pazolini não reconhece as escrituras

Apesar da posse de boa-fé, o Município de Vitória não pretende reconhecer nenhum direito ou prestar qualquer suporte social, razão pela qual a Defensoria Pública iniciou o processo administrativo.