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2 de outubro será um marco na recente história de combate ao bolsonarismo nazifascista

Em Vitória o ato se inicia neste sábado (2) às 14 horas na Ufes, com caminhada, carreata, bicicletada e motoata

Artigo de Francisco Celso Calmon

Este ano já ocorreram várias manifestações pelo Brasil e mesmo no exterior. Muitas delas puxadas pela juventude e engrossadas pelos sindicatos e movimentos sociais.

A deste sábado, dia 2, será a primeira com unidade tão ampla e representatividade do arco antibolsonaro do país.

PT, Psol, PCdoB, PDT, PSB, PV, Rede, Cidadania, Solidariedade, PSTU, UP, PRC, PCO e mais o movimento “Fora Bolsonaro”, formado por umas 80 entidades, como MST, UNE, UBES, centrais sindicais, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, entre outras, estão na organização e direção dessa mega (oxalá) manifestação.

O objetivo central: Impeachment do presidente genocida e corrupto. Ele já cometeu delitos de impropriedade administrativa e de crimes comuns.

O presidente da Câmara não reúne prerrogativas para segurar pelo tempo que quiser os pedidos que, por ora, estão engavetados. Não é a Câmara que irá julgar, é o Senado que o faz, e com a demora, o presidente da Câmara está impedindo o Senado de cumprir o seu dever.

Artur Lira se assenhorou de um poder absolutista e não tem respaldo técnico e político para isso.

Ao manter engavetado os mais de 150 pedidos de impeachment, Lira está sentando, como cúmplice, sobre dois terços de mortos e muitos mais sequelados da covid-19, que são da responsabilidade criminosa do governo bolsonarista. 

Cabe ao povo organizado manifestar nas ruas o desejo da maioria de fazer o deputado, presidente da Câmara, se curvar ao poder popular, bem como à maioria dos partidos democráticos, das entidades sindicais, estudantis e dos movimentos sociais do país.

Senhor Lira, tire o seu traseiro de cima dos legítimos pedidos e de imediato passe para o aval dos deputados e com brevidade envie ao Senado, para que este, sim, julgue o pedido.

Permanecendo nessa posição vexatória, o povo de Alagoas há de dar o troco e sua excelência não voltará à Casa do povo.

A história já demonstrou algumas vezes que quando seus representantes institucionais não tomam a dianteira, as massas tomam a si a vanguarda do processo. 

Exemplos mais eloquentes e históricos são os de 1905 e 1917 na Rússia. A greve de 8 de março de 1917 na Rússia, em Petrogrado, deflagrada pelas mulheres tecelãs e as costureiras. Antes em 1905, quando marcharam em direção ao palácio da aristocracia, rechaçadas a tiros, um morticínio, foi a centelha do processo revolucionário. Em 1917 saíram com a palavra de ordem: PAZ (seus maridos morriam no front da primeira guerra), PÃO, pois passavam fome, e TERRA, porque eram camponesas e queriam trabalhar, foi a consagração para a revolução comunista, vitoriosa em outubro daquele mesmo ano de 1917.

As massas tomaram iniciativas quando os seus sindicatos e partidos vacilaram ou estavam defasados com as condições objetivas e subjetivas da conjuntura.

Não estamos em nenhuma conjuntura pré-revolucionária, mas o povo quer emprego, comida, saúde, e paz nesse ambiente beligerante e de ódio motivado pelo líder nazifascista encastelado no governo, conquistado mediante fraudes.

Que o 2 de outubro seja a centelha para que na próxima manifestação em 15 de novembro possamos comemorar a abertura do impeachment do genocida prevaricador, Jair Bolsonaro, o midas do enxofre.

Francisco Celso Calmon