Milhares de capixabas participaram na tarde deste sábado (2) do 6º ato Fora Bolsonaro, que reivindica o impeachment já e que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja julgado pelos crimes que cometeu e comete diariamente contra os brasileiros. A manifestação denuncia o genocídio que tirou as vidas de quase 600 mil pessoas na pandemia de Covid-19 devido ao negacionismo ao vírus, além de reinvidicar uma política de geração de emprego, ampliação do auxílio emergencial e mais vacinas contra o Covid-019.
A mobilização contou com a participação de diversos segmentos da sociedade, como estudantes, trabalhadores, 20 partidos políticos de oposição ao governo Bolsonaro, centrais sindicais e a população em geral. Os partidos que fizeram presença no sexto ato Fora Bolsonaro em Vitória foram PT, PSOL, PCdoB, PCB, PDT e PSTU. Também estavam participando os movimentos LGBTQIA+ e negro.
A concentração ocorreu às 14 horas desta tarde na frente do Teatro da Ufes, no campus de Goiabeiras. Às 15 horas foi dado início ao ato, que teve caminhada, carreata, bicicletada e motoata, que entrou na Avenida Fernando Ferrari, alcançando a Avenida Nossa Senhora da Penha e a Avenida César Hilal, com um ato em frente à Secretaria de Estado da Educação (Sedu). O 6º ato se encerrou às 17h25.
Encerramento foi em frente à Sedu
A Sedu entrou na mira do protesto diante do negacionismo do atual Governo do Estado ao vírus do Covid-19. Ainda nesta última sexta-feira (1º) o próprio governador Renato Casagrande (PSB) fez o anúncio, através da sua conta pessoal no Twitter, para dizer que estava impondo a obrigação de todos os estudantes, em todos os níveis de ensino, a voltarem às aulas presenciais. Ao ignorar que o Espírito Santo é um dos poucos Estados onde a pandemia do Covidf-19 não acabou, a Sedu entrou na mira do protesto deste sábado.
O Sindicato Unificado da Orla Portuária do Espírito Santo, presente na manifestação, aproveitou a ocasião para alertar sobre o desmonte que o governo Bolsonaro vem preparando contra os portos brasileiros. O desmonte vem junto com a privatização que o governo Bolsonaro vem anunciando, com o intuito de entregar o sistema portuário nacional, incluindo a Codesa, nas mãos de grupos empresariais.
“Fora Bolsonaro. O povo brasileiro quer viver”
“O dia de hoje foi marcado por manifestações em mais de 200 cidades do Brasil e do mundo. Todos com um só grito: Fora Bolsonaro. Basta de genocídio, fome e miséria. Obrigado a todos e as todas que se manifestaram nas ruas e nas redes. Juntos vamos derrotar o governo da morte”, disse o deputado federal Hélder Salmão (PT), através de suas redes sociais. “Impeachment já! O povo brasileiro quer viver”, disse a vereadora de Vitória CamilaValadão (PSOL), também através de seu Facebook. Ambos participaram da manifestação desde o início, quando houve a concentração em frente ao Teatro da Ufes, no campus universitário.
“Foram mil dias trágicos para a grande maioria da população brasileira. Mil dias de retrocesso em todas as áreas, sem exceção: educação, economia, direitos humanos, meio ambiente, cultura. Na saúde, a política negacionista de Bolsonaro já enterrou mais de 600 mil vítimas da Covid. Temos 15 milhões de trabalhadores desempregados e outras 15 milhões de pessoas na extrema pobreza lutando para sobreviver com menos de R$ 100 por mês. A fome mata e depressa. Por isso é tão urgente tirarmos este governo”, disse a coordenadora geral do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários), Rita Lima.
Novo ato Fora Bolsonaro será em 15 de novembro
O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, que participou do ato Fora Bolsonaro em São Paulo, elogiou a organização dos atos deste sábado (2) em todo o Brasil e cidades do interior e afirmou que haverá novo ato no dia 15 de novembro. Ele disse que no dia da Proclamação da República o movimento será reforçado por meio diálogos com os trabalhadores nas bases. “Estamos fazendo um grande 2 de outubro, mas já está apontado em nosso calendário o dia 15 de novembro”, disse Sérgio Nobre, explicando que até lá o movimento sindical dialogará com a população sobre este momento dramático para o Brasil.
“Temos que fazer um debate com a periferia. Temos que falar que a indignação com o preço do feijão, da carne e da gasolina não tem como acabar com Bolsonaro na presidência”, disse o presidente da CUT durante a sua fala no ato Fora Bolsonaro na capital paulista. Nobre completou e disse que “se Bolsonaro não sair, o desemprego que já atinge recordes vai aumentar ainda mais”.