Após queda de parte da “boca” do vulcão Cumbre Viejas, na ilha de La Palma, no arquipélago espanhol das Canárias, na costa oeste da África a erupção iniciada no último dia 19 de setembro vem apresentando aumento na intensidade. O Cumbre Viejas, que trouxe apreensão aos brasileiros diante de uma tese cientifica de que poderia provocar tsunami que afetaria todas as Américas, incluindo o Brasil, já provou 214 terremotos em 23 dias de erupção, incluindo três na manhã desta segunda-feira (11).
Somente nesta segunda houve três terremotos na ilha turística de La Palma, sendo com intensidade de 2, 3,7 e 3,2 na escala utilizada para medicação. Segundo nota à imprensa do Instituto Geográfico Nacional espanhol, o IGN, a maioria dos terremotos foram na área afetada pela reativação vulcânica, com alguns sendo sentidos pela população, sendo a intensidade máxima na zona epicentral III-IV, em um terremoto ocorrido às 21h46 UTC neste último domingo (10), com magnitude 4,3 (mbLg) a 38 km de profundidade. Este terremoto é o de maior magnitude, desde o último comunicado.
Terremotos de 12 a 30 Km de profundidade
Dos terremotos localizados neste período, 14 estão localizados a profundidades superiores a 30 km, o resto dos hipocentros estão localizados a menor profundidade, no ambiente de 12 km. A amplitude média de tremor vulcânico continua estável em uma faixa média de valores em relação às observações medidas durante esta erupção.
A altura da coluna medida às 6: 30 UTC desta segunda-feira é de quatro metros, embora neste domingo foram expelidos junto com as lavas blocos incandescentes com altura equivalente a um prédio de três andares. A rede de estações permanentes GNSS da ilha, segundo o IGN, mostra estabilidade nas estações próximas aos centros eruptivos. Estes resultados são compatíveis com os obtidos mediante imagens do Interferometric Synthetic Aperture Radar (InSAR) nos quais não se observa nenhum padrão de deformação entre as imagens entre os dias 4 e 10 de outubro.
O IGN informou que continua a acompanhar a atividade, fortalecendo a rede de vigilância, tendo reforçado sua presença na ilha, onde se estabeleceu o Centro de atenção e vigilância da erupção (CAVE), além de trabalhar diariamente em coleta de amostras de material vulcânico para análise posterior.