Empresa de cosméticos sediada no último andar do Edifício Renata, no Centro Histórico de Vitória, foi destruída por incêndio. Os hidrantes não funcionaram devido a falha não observada por uma fiscalização inexistente. O Crea-ES anunciou nesta quarta-feira (13) uma fiscalização
Foi preciso ocorrer um incêndio na tarde deste feriado nacional (12), no último pavimento do Edifício Renata, localizado na Rua Dionísio Rozendo, 155, em frente à Catedral Metropolitana de Vitória, e mais precisamente na ladeira que desce da Cidade Alta para a Praça Costa Pereira, no Centro Histórico de Vitória, para evidenciar a falta de fiscalização do poder público na segurança contra incendeio dos prédios em Vitória. O incêndio destruiu uma empresa de distribuição de perfumaria e floricultura no último pavimento. O dono, Arnaldo Cesar Teixeira Dias, disse ao reclamar da falta de fiscalização, que havia falha no sistema de hidrantes do prédio.
“O que não deixaria o fogo se alastrar seriam os hidrantes, mas eles não têm força para a água chegar lá”, disse o empresário aos jornalistas. O incêndio também serviu para mostrar o quanto aquele prédio comercial está abandonado, local onde outrora foi muito conhecido dos moradores do Centro por ter abrigado no seu térreo um cartório de registro geral de imóveis. Ele contou que o fogo se iniciou por volta das 13 horas e somente duas horas após, com a ação do Corpo de Bombeiros, o incêndio foi debelado.
Falha nos hidrantes
Mas, o prejuízo foi total. O empresário explicou que não conseguiu acessar devido a forte intensidade de fumaça. A falha dos hidrantes, devido a inexistência de fiscalização dos órgãos públicos que deveriam exercer essa atividade, levou a um prejuízo incalculável pelo dono da empresa. “Não conseguimos salvar nada. Foi o trabalho de toda uma vida toda perdido”, lamentou.
O Corpo de Bombeiros informou que o fogo atingiu o último pavimento do prédio comercial e que não teve feridos, já que neste última terça-feira (112) era feriado nacional. A Defesa Civil da Prefeitura de Vitória disse que fará uma avaliação do condomínio do Edificio Renata para analisar se há possibilidade de determinar uma interdição ou não.
Fiscalização tardia
Após o incêndio ter ocorrido por falta de fiscalização de órgãos estaduais, onde não foi observado com antecedência que os hidrantes não alcançavam o último andar do prédio, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) emitiu nota na manhã desta quarta-feira (13) para informar que vai fazer uma vistoria no Edifício Renata. Segundo a nota, a vistoria técnica e fiscal foi iniciada às 7 horas.
“Uma equipe multidisciplinar de engenheiros do Crea-ES irá avaliar as possíveis causas do acidente e orientar os usuários do prédio e da região no entorno sobre eventuais riscos que ainda podem existir, inclusive de colapso do imóvel. O incêndio pode ter afetado a estrutura física do edifício. É possível também que haja comprometimento das instalações elétricas e hidráulicas”, disse o presidente do Conselho, Eng. Jorge Silva.
As fiscalizações técnica e fiscal do Crea-ES, que acontecerão nesta quarta-feira (13/10), serão coordenadas pelo Gerente de Relacionamento Institucional do Crea-ES Eng. Giuliano Battisti e pelo Gerente de Fiscalização do Conselho, Eng. Leonardo Leal, prossegue a nota do Crea-ES.