fbpx
Início > Durante sermão em missa no Santuário de Aparecida, bispo diz que “pátria amada não pode ser pátria armada”

Durante sermão em missa no Santuário de Aparecida, bispo diz que “pátria amada não pode ser pátria armada”

A pregação foi feita em Aparecida (SP) durante missa no ponto alto das comemorações pelo Dia de Nossa Senhora da Penha, a padroeira do Brasil

Trecho o sermão onde o arcebispo defende um país com mais amor, sem política armamentista, corrupção e Fake News | TV Aparecida

O sermão do arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, feito durante missa no Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, no feriado nacional consagrado à santa, despertou atenção por ter condenado atos maléficos praticados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O arcebispo criticou o armamentismo, a propagação de Fake News, a falta de punição governamental ao racismo crescente no Brasil contra negros e índios, e a perda de direitos destes últimos.

“Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos irmãos construindo a grande família brasileira”, disse o religioso. As palavras mais contundentes do arcebispo foram respondidas com palmas. Ele ainda se lembrou das mais de 600 mil mortes com a pandemia do Covid-19, agravas com o negacionismo de Bolsonaro e a sua demora em promover a compra de vacinas.

“Pátria sem corrupção”

A corrupção do atual governo, notadamente na compra superfatura de vacinas contra o covid-19 não deixou de ser condenada. “Pátria amada sem corrupção”, disse Dom Orlando, que foi seguido de mais palmas. “E pátria amada com fraternidade. Fratelli tutti”. Já em campanha eleitoral para 2022 não declarada, Bolsonaro foi após ao sermão na Basílica Nacional de Aparecida, onde foi recebido com gritos de genocida e com alguns aplausos de bolsonaristas que estavam presentes na cerimônia religiosa.

Ainda no mesmo sermão o arcebispo falou sobre a necessidade de ser protegido o meio ambiente. O descaso e até alianças que o atual presidente vem fazendo com madeireiros, garimpeiros, pecuaristas e grandes empresas do agronegócio para a derrubada das florestas brasileira vem sendo condenado universalmente, além da ONU e da OMS. Em todas as referências feitas por Dom Orlando, em nenhum momento ele citou o nome de Bolsonaro.