fbpx
Início > Um mês após ter entrado em erupção, geólogos não conseguem prever fim das erupções no Vulcão Cumbre Viejas

Um mês após ter entrado em erupção, geólogos não conseguem prever fim das erupções no Vulcão Cumbre Viejas

Um mês após ter entrado em atividade, o Vulcão Cumbre Viejas, na ilha de La Palma, no arquipélago espanhol das Ilhas Canários, continua em erupção e sem previsão de quando terminará de expelir lavas e gases tóxicos. As lavas que escorreram em direção ao mar já promoveram um aterro que promoveu um avanço de 500 metros em direção ao mar. Centenas de imóveis já foram destruídos e sete mil moradores tiveram de ir para abrigos públicos. A intensidade das erupções se elevou e um segundo fluxo de lava está agora a cerca de 30 metros da costa, a oeste da ilha, e seu contato deverá provocar novas emissões tóxicas.

O Cumbre Viejas iniciou suas atividades em 19 de setembro, quando cientistas britânicos tinham divulgado um estudo sobre a possibilidade de ocorrer explosões de elevada intensidade, que provocaria um megatsunami que afetaria o litoral de todas as Américas e do continente oeste da África. Até esta terça-feira (19) a enxurrada de lava provocou a destruição de 1.956 edifícios, incluindo centenas de casas, de acordo com os últimos dados do governo espanhol. As nuvens de cinzas emitidas incansavelmente pelo vulcão e que tingem parte da ilha de cinza, também prejudicam frequentemente as conexões aéreas com La Palma.

É diante disso que um mês após o início das erupções o Comitê Diretor do Plano Especial de Proteção Civil e atendimento de emergências por risco vulcânico das Canárias (PEVOLCA) do Governo das Canárias, recomendou principalmente aos moradores do distrito de El Paso para que entre as 14h e 21h permaneçam dentro de casa o maior tempo possível e, se tiver que sair, que use máscara FFP2. O mesmo Comitê informou que a superfície da ilha de La Palma afetada pelo processo eruptivo, equivale a 763,32 hectares, e a largura máxima de 2.900 metros.

Um mês após o início da erupção, acompanhada também de milhares de tremores menores, os geólogos do PEVOLCA não conseguem prever quanto tempo sua atividade ainda pode durar. O Cumbre Vieja expulsa 10 mil toneladas de dióxido de enxofre por dia e, para considerar que começa a se apagar, deveria diminuir para 400 toneladas, segundo informou à imprensa David Calvo, porta-voz do Instituto de Vulcanologia das Canárias (Involcan).