Na contramão do que propõe a COP26, o governador Hélder Barbalho (MDB), do Pará, assinou a lei estadual 9.334/2021 onde presta homenagem a criminosos que vem destruindo a floresta Amazônica, invadindo e matando indígenas para roubar as reservas de metais preciosos. O governador do Pará rendeu homenagens a esses exploradores, criando o Dia do Garimpeiro.
Há 15 dias, o crime praticado por garimpeiros roubando nas reservas indígenas chocou o mundo. Foram duas crianças yanomamis mortas, após terem sido sugadas por uma draga de exploração ilegal de garimpo no Roraima, Estado que faz divisa com o Pará no extremo noroeste. Os corpos foram encontrados no dia seguinte depois de busca organizada pelos próprios yanomamis sem apoio do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Também nenhuma instituição de proteção aos povos originários deu assistência aos yanomamis. Há poucos meses atrás a casa da liderança indígena Maria Leusa foi destruída em um ataque coordenado dos garimpeiros de Jacareacanga apoiados pelo vice-prefeito da cidade, que foi preso pela Polícia Federal.
Ao instituir o Dia do Garimpeiro no Pará, Estado com maior conflito em áreas protegidas e de territórios indígenas é a assinatura de conivência do governador do MDB com o genocídio liderado por Bolsonaro. A nova lei de Barbalho ainda compactua com a destruição dos povos tradicionais e do meio ambiente.