Em outubro de 2021 o valor da Cesta Básica em Vitória representou 65,94% do salário mínimo líquido em comparação aos 62,21% no mês de setembro. O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou este mês cumprir uma jornada de 134 horas e 12 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos. Abaixo, os dados das demais capitais brasileiras pesquisadas. No último mês, a cesta básica em Vitória, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos no Espírito Santo (Dieese-ES) teve alta de 6,0%, passando de R$ 633,03 em setembro para os atuais R$ 670,99.
Na avaliação mensal, os produtos que registraram elevações nos seus preços foram o tomate (55,54%), a batata (23,75%) e o café (10,14%). As maiores quedas foram registradas no arroz (3,93%) e na farinha (3,26%). Nenhum produto apresentou estabilidade nos preços. A jornada de trabalho exigida para comprar a cesta básica de alimentos em outubro, sem considerar gastos com educação, saúde, transporte, lazer, entre outros, exigiu 134 horas e 12 minutos de um trabalhador assalariado. Foi um aumento de 8 horas e 35 minutos de tempo de trabalho.
A cesta básica de alimentos de Vitória foi a quinta mais cara entre as 17 capitais que o Dieese apura a diferença entre um mês e outro. A mais cara foi a cesta básica de Florianópolis (SC), que foi de R$ 700,69 no último mês, seguida de São Paulo (R$ 693,79), Porto Alegre (R$ 691.08) e Rio de Janeiro (R$ 673,79). A capital com o menor valor da cesta básico no último mês foi Aracaju , que custou R$ 464,17.
Aumento em 16 capitais
O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 16 cidades e diminuiu em Recife (-0,85%), de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese em 17 capitais. Ao comparar outubro de 2020 e outubro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Brasília (31,65%), Campo Grande (25,62%), Curitiba (22,79%) e Vitória (21,37%).
Entre janeiro e outubro, todas as capitais acumularam alta, com taxas entre 1,78%, em Salvador, e 18,42%, em Curitiba. Com base na cesta mais cara que, em outubro, foi a de Florianópolis, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.886,50, o que corresponde a 5,35 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Já em setembro, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.657,66, ou 5,14 vezes o piso em vigor.
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro, 58,35% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em setembro, o percentual foi de 56,53%.