fbpx
Início > A origem da celebração cristã do Natal

A origem da celebração cristã do Natal


De acordo com o Vaticano e a CNBB, a data está associada à festa pagã do deus do Sol, que era celebrada pelos povos antigos em 25 de dezembro


A origem da celebração cristã do Natal | Foto: Divulgação/Vatican News

A data que celebra o nascimento de Jesus Cristo, segundo o Vaticano, teve seu primeiro registro ocorrido no ano 336 vinculado à festa pagã do deus do Sol, com o nome de “Natal do sol invencível” (Natalis solis invicti). O culto ao deus Sol era muito comum entre os povos antigos e o Império Romano, que dominava a Europa e o Oriente Médio, não fugia à regra, especialmente nos séculos III e IV.

“A Solenidade do Natal é a única festa, que podia ser celebrada com quatro Missas: véspera, noite, amanhecer e dia. Os textos desta solenidade são os mesmos para os três Anos Litúrgicos. Trata-se de uma escolha que visa aprofundar e valorizar, quase em câmara lenta, o acontecimento que mudou o curso da história: Deus se fez homem!”, diz em nota o Vaticano.

25 de dezembro

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) diz que não há registro histórico e nem mesmo na Bíblia de que Jesus Cristo tenha realmente nascido no dia 25 de dezembro. “Por que a data 25 de dezembro?”, questiona a CNBB. “O centro festivo desse culto pagão acontecia no solstício de inverno (dias mais curtos e noites mais longas), celebrado no dia 25 de dezembro. Nessa época era comemorada a vitória do deus Sol (luz) que anualmente vencia as trevas”, inicia a explicação.

“Para os cristãos Jesus Cristo é a Luz que vence as trevas do pecado; o Menino cujo nascimento é celebrado é a luz que brilhou nas trevas (Is 9, 1), é o sol nascente que nos veio visitar (Lc 1, 78), é a Luz do mundo e quem o segue não anda nas trevas (Jo 8, 12). Portanto, temos um belo exemplo de inculturação do cristianismo em meio à cultura e religiosidade pagã. Concluem os estudiosos que já em 336 o Natal cristão era celebrado em Roma e depois em outras Igrejas”, diz a CNBB.

A CNBB ainda completa: “Inicialmente, o Natal é considerado como celebração de aniversário do nascimento histórico de Jesus Cristo (S. Agostinho). São Leão Magno (+ 461) corrige esta teologia, afirmando que a celebração do Natal é mais que aniversário ou uma evocação histórica. Ele vê a presença do mistério celebrado, do hoje da encarnação (Sacramentum). O Natal é então considerado em união com o mistério pascal, como seu início.”

O Vaticano compara a realização da festa pagã do deus do Sol com o recenseamento do imperador romano César Augusto com a época em que Cristo nasceu: “O texto do Evangelho de Lucas, que ouvimos na Missa da Noite, é rico de detalhes cronológicos e históricos: ”

  • “Naqueles tempos, apareceu um decreto de César Augusto, ordenando o recenseamento de toda a terra… foi feito antes que Quirino fosse governador da Síria…” (Lc 2, 1-2).”

“Eram detalhes que podiam nos deixar indiferentes pela ansiedade de receber a notícia de que Jesus havia nascido; mas, não são detalhes secundários, porque indicam que o nascimento de Jesus não pertence aos “contos de fada”, mas era um fato plenamente inserido na história”, completa o Vaticano em sua nota.

O Natal no Vaticano | Vídeo: Vatican News

Por que a data 25 de dezembro?

 O culto ao deus Sol é muito comum entre os povos antigos. Roma não foge à regra e inclusive lhe dá importância oficial no Império, especialmente nos séc. III e IV, tentando ofuscar o cristianismo. O centro festivo desse culto pagão acontecia no solstício de inverno (dias mais curtos e noites mais longas), celebrado no dia 25 de dezembro. Nessa época era comemorada a vitória do deus Sol (luz) que anualmente vencia as trevas.

Para os cristãos Jesus Cristo é a Luz que vence as trevas do pecado; o Menino cujo nascimento é celebrado é a luz que brilhou nas trevas (Is 9, 1), é o sol nascente que nos veio visitar (Lc 1, 78), é a Luz do mundo e quem o segue não anda nas trevas (Jo 8, 12). Portanto, temos um belo exemplo de inculturação do cristianismo em meio à cultura e religiosidade pagã. Concluem os estudiosos que já em 336 o Natal cristão era celebrado em Roma e depois em outras Igrejas.