Em um comunicado oficial do Ministério da Saúde da Argentina à imprensa foi dada a confirmação, feita pelo Instituto Anlis Malbran, da presença no país vizinho ao Brasil de duas variantes mais letais do Covid-19. Em três turistas que chegaram à Buenos Aires e estão isolados foi detectado em dois deles as variantes B. 1.617.2 e B. 1.617.1 (originariamente isolada na Índia) e em um terceiro da variante B. 1.351 (originariamente isolada na África do Sul).
Os casos foram derivados para atender o isolamento em hotéis e as jurisdições foram informadas para acompanhar os contatos estreitos. “Desde que iniciamos a vigilância de sequenciamento genômica em viajantes, identificamos variantes chamadas prioritárias em quase 50% dos casos positivos, mas, esta é a primeira vez que encontramos as variantes B. 1.617.2 e B. 1.617.1 (originariamente isolada na Índia) e B. 1.351 (originariamente isolada na África do Sul)”, disse Analía Rearte, Diretora Nacional de Epidemiologia e Informação Estratégica do Ministério da Saúde da nação.
A funcionária explicou que dentro do protocolo de procedimentos para a chegada de visitantes provenientes do exterior no Aeroporto de Ezeiza são realizados um teste de antígenos. Aos que são constatados serem positivos ao diagnóstico de SARS-CoV-2 os turistas são enviados a um hotel na cidade de Buenos Aires para cumprir o isolamento, e além disso se enviam as amostras para sequenciar ao laboratório Malbrán.
Procedentes de Paris e Madri
Dessa sequenciação é que surgiu a constatação dos dois primeiros casos da variante indiana, cujos visitantes chegaram à Buenos Aires procedentes de Paris, embora sejam residentes da Cidade de Buenos Aires. Já o o terceiro é uma pessoa de 58 anos, procedente de Espanha e residente da província de Río Negro.
Os três viajantes entraram no país em 24 de abril, e foram derivados para a realização do isolamento correspondente a um hotel da cidade de Buenos Aires. No dia 26 de abril, as jurisdições foram notificadas para realizar ações de acompanhamento de contatos estreitos. Conforme informaram as jurisdições à autoridade sanitária nacional, as crianças cumpriram o isolamento junto a seus pais, embora estes fossem negativos, e o adulto cursou o isolamento de 10 dias com sintomas leves.