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Acusado de ser o mandante da morte do juiz Alexandre Martins deve ser julgado em agosto

O bolsonarista e juiz aposentado vai vai a juri popular como mandante do assassinato de Alexandre Martins | Foto: Redes sociais

O MPES quer que o juiz aposentado Antonio Leopoldo Teixeira, acusado de ser o mandante do assassinato do também juiz Alexandre Martins Castro Filho, sente no banco dos réus em julgamento marcado para 2 de agosto de 2021, 18 anos após o crime

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Vila Velha, informa que tem interesse na realização, o quanto antes, do júri do juiz aposentado Antonio Leopoldo Teixeira. O Ministério Público entende que a sociedade cobra a realização de justiça quanto a esse crime bárbaro, que foi o assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, morto em março de 2003.

Todos os outros implicados no assassinato, inclusive executores e intermediários, já foram julgados, faltando apenas este júri, que vem sendo sucessivamente adiado, em razão de uma série de recursos interpostos pela defesa.

O MPES avalia que a marcação da data de 2 de agosto de 2021 pelo Judiciário atende ao clamor popular de que tenhamos, finalmente, elucidado esse caso, para que todos os envolvidos paguem pelo crime cometido. Na denúncia oferecida à Justiça, o MPES indicou que o crime foi cometido em razão das denúncias feitas pelo juiz em relação à venda de sentenças.

Bolsonaro como ídolo

Enquanto não vai a julgamento popular como acusado de mandante do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, o ex-juiz continua “curtindo” a vida. No dia 30 de dezembro de 2018, Leopoldo e sua esposa, Rosilene, viajaram em um ônibus de excursão com outras 41 pessoas para acompanhar a cerimônia de posse de seu “ídolo”, o capitão reformado do Exército como presidente da República. Leopoldo viajou mais de mil quilômetros, entre Vitória e Brasília, apenas para assistir a posse de Bolsonaro.

Leopoldo ainda não sentou no banco dos réus devido à legislação brasileira, que permite à defesa utilizar intermináveis recursos, apenas para adiar o julgamento do réu. Entre os 10 acusados, apenas o ex-juiz ainda não foi julgado devido à recursos apresentados por sua defesa no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que o acusado de ser o mandante do assassinato seja levado a júri popular.